Renato Amaral

Crônica Motivo do meu sorriso frouxo

Imagem: Arquivo Pessoal

 

Por esses dias eu estava andando na rua às 8h de uma manhã agradável e me peguei rindo do nada. Quando me dei conta, parei e pensei! “Meu Deus, as pessoas ao redor irão achar que eu estou rindo delas” Eu não pude explicar para elas o que se passava em minha cabeça naquele momento, mas posso e devo explicar-lhes o ocorrido.

O motivo desse meu sorriso frouxo tem uma explicação e também um nome. Se chama São José do Calçado! Isso mesmo. Essa cidade é o resultado de minhas orações de anos atrás. Deus me deu de presente, na medida dos meus melhores sonhos, um lugar em forma de benção.

Quando vim morar aqui, me indagava o porquê de encontrar pessoas sentadas na praça às 6h da manhã ou já proseando bem cedinho. Hoje, não só entendo, como também comungo desses hábitos. Calçado (para os íntimos), é o local ideal para a prática da Flânerie, e eu como um típico Flâneur, vou caminhando e apreciando os encantos de viver nesse paraíso.

Não sou ingrato e reconheço e guardo no coração todos os lugares que passei e fui feliz. Amo o charmoso bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, onde nasci e fui criado. Niterói foi palco de grandes acontecimentos em minha vida, como: namoro, nascimento das minhas filhas, empregos e tantas outras incontáveis felizes vivências. São Gonçalo é um caso a parte. Uma paixão que não tem explicação. Lá criei minhas filhas, estudei na amada UERJ e trabalho até hoje. Tive a felicidade de fazer grandes amizades e tenho familiares queridos. Paraíba do Sul, a cidade do meu avô e também da minha adolescência será sempre lembrada. Um lugar de grandes descobertas e que me fez amadurecer e entender muitas coisas que me faz ser o que sou hoje. Mas aqui em Calçado, eu escolhi e fui escolhido. Fiz amigos, conheci seus recantos e tenho a paz necessária para exercer dois grandes prazeres que guardo nessa vida. Ler e escrever. Agradeço a Deus por me permitir sentir essa cidade como parte de mim, Podem me chamar de Broinha, pois me sinto como tal.

Agora, já alertados, repito! Toda vez que me encontrarem na rua e me verem rindo a toa, já sabem que é um movimento involuntário de quem não consegue disfarçar o amor que transborda em mim, por essa cidade.

 

Por Renatto D’Euthymio

Instagram: @renattodeuthymio

 

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Renatto D'Euthymio

Renatto D'Euthymio, carioca de Santa Tereza, dividindo residência entre São Gonçalo - RJ e a pacata e inspiradora, São José do Calçado no Estado do Espírito Santo. Estudante Rosacruz, técnico em Radiologia, flamenguista fanático e apaixonado pelas filhas Rannya e Rayanne. Cultiva desde criança uma paixão pelos livros e seus gênios. Autor do livro de poemas Solilóquio Antes e Depois da Forca (2020) e do livro de humor O Tabloide Jocoso (2021). Premiado em dezenas de concursos literários (Poesia, Crônica, Conto e Microconto), e publicado em Antologias e Coletâneas. É tão ligado à Literatura que de vez em quando não se contém e atreve-se a rabiscar algumas linhas.

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Um Comentário

  1. Muito bom meu amigo.
    Você tem o dom da escrita e de fazer amigos e usa ambos com maestria.

    Forte abraço.

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