ENTREVISTAS

Entrevista: Conheça o escritor e poeta gonçalense Marcelo Motta

Na coluna “Entrevista”, a Revista Entre Poetas & Poesias vai apresentar uma série de entrevistas com artistas de diferentes cantos do mundo.

Conheça o escritor e poeta gonçalense Marcelo Motta.

Apresente-se:

Meu nome é Marcelo Jorge Pires Motta ou simplesmente Marcelo Motta. Sou ariano, nascido no dia 10 de abril de 1968. Gosto de MPB, POP Internacional. Sou fã dos bons filmes, embora prefira mais os clássicos de Hollywood entre as décadas de 20 a 70. Minha vida foi sempre conturbada, desde a gravidez até meu nascimento.  Pelo que sei, minha mãe (Geralda Pires Pinto – falecida em 1997) tentou me abortar naturalmente mais de cinco ou seis vezes, assim, nasci na madrugada do ano de 1968 às 01h:30min, com o cordão umbilical enrolado no pescoço, o que teria me legado certas sequelas. Minha “cor” ao nascer era mais roxa para escura, até que o sangue voltou a fluir naturalmente pelo meu organismo, trazendo a cor natural. Isso ocorreu em plena ditadura militar, aonde me disseram que nasci prematuramente e depois da hora, uma frase que até hoje não entendi o significado. O que sei de fato é que vim ao mundo com poucos dias a mais de sete meses. Aos seis meses de idade contrai infecção nas meninges e fui internado entre a vida e a morte no hospital Antônio Pedro, na cidade de Niterói, onde fiquei em estado comatoso pelo período de quase um mês. Desde esse dia minha vida não foi mais considerada “normal”, pois perdi uma das vistas e me fiz vitima de crises convulsivas e remédios controlados desde então. Aquele ano foi marcado por uma epidemia de meningite e eu uma de suas vitimas

Em qual momento da vida você percebeu que tinha gosto pela escrita?

Bem! Ainda quando era criança, ou melhor, transitando da puberdade para a adolescência, escrevi meu primeiro texto aonde venci um torneio de redação no extinto ensino primário. Quando tinha meus 11 a 12 anos ganhei uma máquina de escrever, isso ocorreu entre os anos de 1980 e 1981, aonde desenvolvi diversos textos, porém, desconhecia a técnica da datilografia e estas escritas saíram formatação adequada. Infelizmente, estes originais se perderam ao longo dos anos e nem sequer me recordo do que se tratavam. Contudo, retornei definitivamente à escrita no ano de 1989, escrevendo poesias e participando de diversos concursos e festivais de poesias, poucos dias depois escrevi meu primeiro conto: TEATRO CONJUGAL, desde então não parei mais. Atualmente, possuo da minha autoria, quase 2.000 poesias, como vários contos, artigos, um ensaio, romances, dramas, aventuras, suspenses e outros textos mais…

O que te motiva a escrever?

Esta é uma pergunta difícil de responder… Mas quando vejo uma folha de papel em branco me sinto como se fosse um pintor que deseja dar vida, dar sentido a uma ideia, a uma inspiração que em tal ou qual momento toma conta do meu ser. Assim, me vejo como escritor (prosa) ou poeta. (poesia).

Que tipo de texto gosta de escrever?

Poesia ou prosa se faz indiferente. Gosto de escrever de tudo, em especial textos com cunho esotérico, místico ou transcendental. Acredito que pelo fato da vida ser muito curta ela não se extingue definitivamente na morte. Creio que exista algo mais além deste plano material no qual vivemos e conhecemos, seja ele qual for. Acredito na REENCARNAÇÃO sem deixar de acreditar em DEUS. Embora tenha escrito primeiramente Poesia a prosa hoje é mais constante na minha produção.

Quem é você artista?

Sou uma pessoa simples que diz o que tem de ser dito, seja para quem for. Considero-me amador no que faço.

Escrever é uma tarefa, uma missão complicada e difícil quando se trata de prosa. O mais complicado é não deixar “nós” soltos em uma narrativa, isso é algo em que não sou mestre. Expor uma ideia própria que vai atingir pessoas de consciência diferente é “colocar a cara a tapa”, e é até bom que isso ocorra, pois a divergência de opiniões faz fluir o debate de ideias e um ponto de vista pode adquirir novos conceitos que até então não possuía.  É saber que vai sofrer criticas, não em função do texto, mas da fé ou ponto de vista que tal ou qual leitor tenha. Mas isso não me incomoda, pois acredito que deixar um texto escrito é como plantar uma árvore, ele sempre floresce e traz novas ideias e forma de pensar, seja a quem for. Pessoalmente se me tratam com educação sou igualmente educado. Se me tratam com agressividade sou mil vezes mais agressivo. Em outras palavras, se “pisarem no meu calo” eu sou um trator.

Quais os sonhos e metas? 

Ter um dia pelo menos um livro da minha autoria publicado.

O que espera atingir quando alguém lê os seus textos?

Não somente levar meu ponto de vista, mas igualmente ampliar o campo de visão que este ou aquele leitor tenha sobre tantos aspectos do mundo. Sem que ele tenha de aceitar os meus. Seja na prosa ou poesia.

No âmbito cultural, qual a função da arte na sociedade?

No meu ver a arte tem o mesmo poder que o esporte, ou seja, o de transformar pessoas, de retirar quem mora em uma área carente para outro local mais favorecido. A arte amplia a mente da mesma forma que um livro faz a pessoa viajar para infinitos lugares sem sair de onde está.

Qual o papel da leitura nos âmbitos escolar e familiar?

Nesse quesito acredito que seja o de estimular a criatividade e a percepção. Abrir a mente para novos horizontes. Uma pessoa que não lê. Não faz sua mentalidade evoluir. Uma árvore ou uma flor somente cresce se for regada. O mesmo acontece com a intelectualidade de quem lê.

Planos para o futuro e forma de contato

Um sonho que tenho entre tantos outros é o de conseguir um contrato com uma editora que acredite nos meus textos e me ofereça o contrato padrão de dez por cento de capa e arque com todos os custos acerca do meu trabalho que pode ser feito através do contato: marcelo.poeta.1968@gmail.com

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Redação

A Revista "Entre Poetas & Poesias" surgiu para divulgar a arte e a cultura em São Gonçalo e Região. Um projeto criado e coordenado pelo professor Renato Cardoso, que junto a 26 colunistas, irá proporcionar um espaço agradável de pura arte. Contatos WhatsApp: (21) 994736353 Facebook: facebook.com/revistaentrepoetasepoesias Email: revistaentrepoetasepoesias@gmail.com.br

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