A 7ª edição do “Concurso Poético Versejando com Imagens”, que é uma iniciativa da Editora Matarazzo, já teve a sua lista de vencedores publicada. São Gonçalo não ficou de fora, sendo representada pelo escritor e poeta Erick Bernardes.
“Eu acabei sendo levado a participar do concurso “Versejando com imagens VII” por causa das imagens de fotografias. Em um desses retratos, havia a Ilha de Paquetá, lugar que admiro tanto. O concurso me chamou atenção devido à sugestão daquilo que chamamos em Teoria Literária de “olhar intersemiótico”, que é quando os suportes textuais dialogam; no caso imagem e poesia. É uma parceria da Editora Matarazzo, da fotógrafa Márcia Vosts e também da I Bienal de Taubaté. Uma organização de respeito” – fala o poeta.
Cada autor / poeta poderia participar com apenas dois poemas, cada um inspirado em uma única fotografia que constava no álbum online do Concurso, todas as fotografias são de autoria da fotógrafa e professora Márcia Costa (Rio de Janeiro). E Erick acabou entrando na categoria vencedores com o poema: “O socó de Paquetá”.
“Eu me baseei na figura (foto) dos pescador lançando tarrafa e rodeado por garças e um socó em especial. O nome do texto selecionado é “O socó de Paquetá”. Usei a figura do socó solitário, em meio às garças, como um tipo de alegoria da nostalgia do eu-lírico em meio ao seu rememorar, ao mesmo tempo, circundado por tantas outras aves. Isso porque sabemos que o ato da criação poética exige um mergulho em si e também o contato com o imaginário onde repousa a figura do outro (ou outros) ao longe, conforme observei a foto das aves brancas a mirarem o tarrafeiro” – descreve erick Bernardes.
As inscrições aconteceram de 2/7/2019 até 5/8/2019, sendo gratuitas. A literatura necessita de espaços e projetos como esse, uma vez que, os poetas brasileira têm poucos espaços para divulgarem seus textos.
Quando questionado sobre como foi estar na categoria vencedor, Erick respondeu: “Isso foi verdadeiramente uma surpresa. Eu escrevi o poema enquanto esperava atendimento numa agência bancária. A cada sinal de senha no monitor da agência, a inspiração parecia querer fugir de mim (risos)”.
Escritor de mão cheia, Erick passeia entre a poesia, a crônica, o romance e o conto, sendo autor do livro “Panapaná Contos Sombrios”, lançado em 2018, e está prestes a lançar seu segundo “Cambada”, que conta com as crônicas dos bairros e pontos históricos da cidade de São Gonçalo.
“Você se refere ao poema “O socó de Paqueta” ou poesia em geral? Se for o gênero poema, repito a explicação acima: na agência do banco. Acaso você se refira ao gênero poesia, posso afirmar que componho desde adolescente. Porém, confesso que me considero um poeta medíocre (no sentido etimológico de “médio). É isso, desde adolescente componho poemas, mas agora, com o resultado, bateu uma empolgação pra escrever mais” – respondeu Erick ao ser questionado como iniciou seu processo de escrita.
Parabéns ao poeta por representar tão bem a cultura e a arte gonçalense. Aplausos!
