Um pouco de normalidade
Era um fim de semana tranquilo. Começando com o “sextou”, a mãe foi buscar os meninos na escola. Fizeram a rotina do banho, hora do lanche, dever de casa (que quando tem, é a prioridade antes de qualquer brincadeira). Depois desta sequência, um pouco de desenho talvez. Passadas algumas horas, a mãe prepara o “papá”. Esquenta a comida que fez logo cedo, põe à mesa e eles comem. Tudo normal.
Após a janta, começa o processo de sono. Desligam tudo, e deitam. Uma ou duas histórias que o pequeno sempre pede. O mais velho vai diminuindo o ritmo também. Aos poucos o pequeno coça os olhos de um lado, o mais velho boceja de outro e enfim adormecem. Tudo normal.
Sábado pela manhã se despertam com os raios de sol atravessando a cortina. Um “Bom dia” daqui e outro ali. Após o café da manhã eles se preparam para o passeio de rotina do fim de semana. Tudo normal.
Até o momento, tudo bem normal.
E o leitor deve se perguntar:
– Por que um relato tão banal? Nada acontece?
Bom, para qualquer família, dias normais, corriqueiros, onde a rotina flui sem nem se sentir, pode parecer sem graça ou sem tantas razões para se relatar.
No entanto, para uma família atípica, relatar um, dois, três dias ou de repente algumas horas de normalidade sempre serão motivo de festa! Serão sempre os melhores relatos. Os dias em que dormem bem, os remédios funcionam e as crises dão uma trégua. Serão aqueles que vão para a caixinha da memória para que em dias difíceis, que são quase todos, estes lapsos de normalidade sejam o suspiro que irá lhes devolver a força para continuar.
Um fim de semana bem normal a todos! Principalmente para famílias atípicas! Até a próxima!
Josileine Pessoa F Gonçalves
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