FALA AÍ, JUVENTUDE!

Fala Aí, Juventude! Conto: “O mundo em 2070” – Laura Marroch

O mundo em 2070
Baseado em “Carta escrita no ano 2050”

Por Laura Marroch

Meu nome é Roberto Cramorh, eu fui vítima do primeiro experimento de viagem
no tempo em humanos. Para eles não deu certo, mas para mim eu viajei no tempo
certinho.

Durante o teste, algumas cordas arrebentaram e várias coisas caíram sobre minha
cabeça, eu apaguei. Fiquei em coma por 840 meses, 70 anos. Quando acordei me
senti muito estranho, parecia que eu ainda tinha 23 anos. Era como se eu tivesse
perdido a hora. Olhei no espelho e vi um velho, um cara de cabelos grisalhos e a
pele toda enrugada, quem era ele? Recebi a notícia de que agora eu tinha 93 anos,
sem pai, sem mãe, só o velho que me tornei.

Avistei na rua carros magnéticos, eles nem se quer encostavam no chão para andar.
Vi lindos prédios bem altos, eram tão altos que nem se via o topo e todos os elevadores
eram expostos e super rápidos. Parecia tudo lindo, o mundo em 2070! Até eu reparar
o céu, não era mais azul, eu nem conseguia ver o sol. Uma nuvem preta habitava em
nosso céu, não era possível ver nada além de fumaça e poeira. Isso me entristeceu
grandemente.

Andando mais um pouco vi várias mulheres com panos na cabeça, era tipo uma
imitação de cabelo. Elas não tinham cabelo? Mas elas eram tão novas. Quase não
haviam pessoas andando nas ruas, era difícil eu ver uma família andando de mãos
dadas pela rua. Todos tinham cara de velhos, acabados e exaustos. Perguntei a um
cara que parecia ter ter uns 50 anos, qual era sua idade, ele disse que só tinha 28
anos e que era muito difícil uma pessoa sobreviver até os 50.

Conversei com ele a tarde toda, seu nome era Criek. Ele era careca e muito cansado,
mal aguentou caminhar até um banco. Ele me contou que era lei que as pessoas não
podiam mais ter cabelo, lavar ele gastava muita água. A água se tornou algo raro,
quase todas as geleiras haviam derretido e a população gastou toda a água potável,
para tomar banho era necessário usar azeite mineral e tomar bastante cuidado para
não gastar de mais.

Ele me disse também que a população estava bem reduzida, após a 3 guerra mundial
tudo se tornou um cáos. A guerra só acabou porque não haviam mais pessoas para
guerrear. Depois disso as pessoas sofriam para sobreviver, até conseguiram se
reerguer, mas ninguém queria ter filhos. Era difícil existir pessoas com 1 filho pelo
menos, desse jeito a humanidade não iria mais existir.

Isso me deixou muito triste, queria que a máquina do tempo existisse agora. Queria
poder mudar isso, avisar isso para alguém! Por isso escrevi essa carta, se alguém
recebeu isso, por favor façaa alguma coisa! Faça algo que eu não pude fazer.

Sobre mim: Meu nome é Laura Marroch, nasci dia 9 de junho de 2008. Nasci no Rio de Janeiro e
moro em Niterói a 1 ano. No meu tempo livre eu costumo desenhar e escrever pequenas
histórias em quadrinhos. Adoro ler sobre a Mitologia e passar o tempo com os amigos

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Erick Bernardes

A mesmice e a previsibilidade cotidiana estão na contramão do prazer de viver. Acredito que a rotina do homem moderno é a causadora do tédio. Por isso, sugiro que façamos algo novo sempre que pudermos: é bom surpreendermos alguém ou até presentearmos a nós mesmos com a atitude inesperada da leitura descompromissada. Importa (ao meu ver) sentirmos o gosto de “ser”; pormos uma pitadinha de sabor literário no tempero da nossa existência. Que tal uma poesia, um conto ou um romance? É esse o meu propósito, o saber por meio do sabor de que a literatura é capaz proporcionar. Como professor, escritor e palestrante tenho me dedicado a divulgar a cultura e a arte. Sou Mestre em Letras pela Faculdade de Formação de Professores da UERJ e componho para a Revista Entre Poetas e Poesias — e cujo objetivo é disseminar a arte pelo Brasil. Escrevo para o Jornal Daki: a notícia que interessa, sob a proposta de resgatar a memória da cidade sob a forma de crônicas literárias recheadas de aspectos poéticos. Além disso, tenho me dedicado com afinco a palestrar nas escolas e eventos culturais sobre o meu livro Panapaná: contos sombrios e o livro Cambada: crônicas de papa-goiabas, cujos textos buscam recontar o passado recente de forma quase fabular, valendo-me da ótica do entretenimento ficcional. Mergulhe no universo da leitura, leia as muitas histórias curiosas e divertidas escritas especialmente para você. Para quem queira entrar em contato comigo: ergalharti@hotmail.com e site: https://escritorerick.weebly.com/ ou meu celular\whatsapp: 98571-9114.

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