(I)lógico
(Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/illustrations/lava-rachado-fundo-inc%c3%aandio-vulc%c3%a3o-656827/)
Peixes escamam, a sede
Invade em alvoroço a menina dos nossos olhos.
Assista ao dançar da rede,
No fim da tarde, evoca os bichos sãos, libera os óleos
Revigorando o sistema
Circulatório. Carmim, o sangue arrasta pintando
As veias do teorema
Ilógico do abraço: a natureza me inventando.
Um espelho dificilmente responde, ele exala
Verbo bem intransitivo.
Por isso, o rio cortou a fé do homem esquivo.
Carrega uma pedra opala
No ventre. É solitário. Vulcões, caldeirões de bruxas,
Aparecem algo insólitos
Nesta realidade transitória de sólidos
Conceitos. Deitas? Debuxas?
Alguém reclama as partes reles, as escolhas mal-
Feitas que fez… Nos descamam
As peles… Das caveiras enterradas, lodaçal
De tubérculos saem desvendando os que se amam.