“Eu, caçador de mim”: a quem interessa um Mário?
Quem primeiro ousar dizer meu nome, atire a primeira pedra.
Sérgio Magrão, Luiz Carlos Sá e a corporalidade vocal de Milton (e quanto mais couber nessa jornada de invenção), um eu lhes pergunta: onde se chega assim?
Mário completou 130 anos há dois dias e parece mesmo falar pelas vias da duradoura sonegação de impostos, prática típica entre os brasileiros. Entre a cruz e o despacho numa esquina qualquer, pensa se deveria se arrepender do amor à pátria ou dos contornos arcaicos da elite universal. Não gostaria de citar ninguém, porque, afeiçoado a linguistas, estaria apto a perguntá-los sobre a recorrência das expressões contemporâneas: “Mais um lançamento…”; “mais um livro…”; “agradeço a fulano e também a sicrano…”. Nunca se produziu tanto, o valor? Vai nas margens.
Poderia até mesmo falar no valor da diferença, mas o que temos é a igualdade mesmo, lógica matemática que descredencia todo e qualquer tipo de acaso. O balaio de gato não foi ele quem inventou. Fica mesmo deitado além túmulo se perguntando: quem disse que sou trezentos e que me aventurei pelas ações coletivas? (lembrando aqui que coletivo virou a marca da imprensa nacional)
– A verdade é que não vou pagar conta nenhuma!!! – Poderia nos dizer em ensaio velho.
Atentemos para isso, porque geração invertida tem a ver com um papo contemporâneo que modifica a bússola dos atletas da linguagem, que não param de ler o Brasil a partir das entranhas da economia brasileira e também dos sonhos escravistas de uma suposta periferia latente. Ele era mesmo mulato descabido, com vocação para alimentar índios e indígenas, porque o atraso era fundamental. Não à toa, se estende para contemporaneidade.
– Vai vendo, Mário. Tem moleca na rua, personagem de anime, colocando um corpo que não é seu. Estou rindo à beça. A boa notícia é que ela foi financiada para isso, apesar de não ser original. Depois me diga (mudando de assunto) se o que queria era ensinar, porque acredito que nada deu certo, mas valorizo o riso solto que vi daqui.
Acho que dá muita preguiça falar de coisas velhas, Macunaíma não dá conta disso e falar é mérito mesmo de preguiçoso. Ah… que preguiça!!! Mas mando-lhe um beijo e perfaço as suas ideias, são mesmo de matar qualquer bicho-preguiça. O texto incoerente, pode botar na minha conta, devo, não nego, pago tudo quando puder.