Renato Amaral

Avós, seres eternos!

 

Imagem de Manoel de Oliveira por Pixabay

Falar dos avós é tão clichê, tão senso comum e bastante repetitivo. Explicar esse tipo de sentimento é chover no molhado. Mas sem dúvidas esse assunto é um axioma em nossas vidas que forma um elo de afetos que dispensa convenções. Um caso de amor diferente que permeia nossa existência e que a ruptura traz uma lacuna extremamente doída em lidar.

O amor dos avós pela gente é muito mais fácil exemplificar do que explicar. É um amor de atitudes, que cria laços, de beleza ímpar. São os cafunés e carinhos sem pedir, ou os beijos e cócegas a toda hora. Os melhores lanches e comidas que já experimentamos e as guloseimas furtivas e aleatórias contra todos os protestos paternos. Os passeios singelos que se tornam inesquecíveis e as traquinagens mútuas. O excesso de zelo sem proibições e o melhor defensor que já tivemos em toda vida. A paciência sempre será um capítulo a parte, pois jamais encontraremos quem se iguale aos avós nesse quesito. O afeto sincero e desmedido e a cumplicidade escondida do pai e da mãe. As vontades e mimos que ninguém é capaz de nos ofertar. E o sorriso mais cheio de açúcar e o abraço mais acolhedor que já vivenciamos.

Eu poderia continuar aqui elencando exemplos que passaria muito facilmente de cem páginas, mas acredito que nesses mencionados acima já é possível ter uma parca idéia do tamanho dessa afinidade. Uma avalanche de lembranças que brotam em nossas mentes. Quem pensa que os avós são sortudos por brincarem com seus netos, não sabem que conviver com os avós é um prêmio de loteria.

Até hoje guardo com muito carinho os ensinamentos e bons momentos que pude ter ao lado dos meus avós. Tenho tanta marca de todos eles que só posso agradecer pela feliz oportunidade de amá-los e ser amado. Quem sabe no futuro serei um bom avô para meus netos, como os meus foram para mim?

Enquanto isso eu fico aqui enxugando às lagrimas de saudade tentando falar sobre esse amor genuíno e repleto de bênçãos, com a certeza que os avós deveriam ser eternos!

Por: Renatto D’Euthymio

Instagram: @renattodeuthymio

E-mail:renattodeuthymio@gmail.com

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Renatto D'Euthymio

Renatto D'Euthymio, carioca de Santa Tereza, dividindo residência entre São Gonçalo - RJ e a pacata e inspiradora, São José do Calçado no Estado do Espírito Santo. Estudante Rosacruz, técnico em Radiologia, flamenguista fanático e apaixonado pelas filhas Rannya e Rayanne. Cultiva desde criança uma paixão pelos livros e seus gênios. Autor do livro de poemas Solilóquio Antes e Depois da Forca (2020) e do livro de humor O Tabloide Jocoso (2021). Premiado em dezenas de concursos literários (Poesia, Crônica, Conto e Microconto), e publicado em Antologias e Coletâneas. É tão ligado à Literatura que de vez em quando não se contém e atreve-se a rabiscar algumas linhas.

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Um Comentário

  1. Ahhh.n….qtas saudades me deu agora do meu avô e do meu bisavô!
    Dê…vc foi uma das melhores pessoas q conheço nesse ano.
    Obg!!!!!
    Obg por me permitir ser sua amiga!
    Bjs, Claudia

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