Cordelista abre inscrições para o projeto “Cordel na minha escola”
A Literatura de Cordel vem ganhando, a cada dia, mais espaço no meio literário e nas grandes mídias de divulgação. Hoje, já é possível encontrar, próximo a nós, diversos cordelistas (nome dado aos poetas que escrevem os folhetos de cordel) com suas histórias e seus folhetos prontos para uma boa conversa.
O cordel (poesia tipicamente nordestina) tem como principal órgão a ABLC (Academia Brasileira de Literatura de Cordel) cujo presidente é o cordelista Gonçalo Ferreira. Em São Gonçalo, a maior expressão do cordel é o cordelista Zé Salvador.
Dono de uma escrita variada, Zé Salvador (nome artístico de José Washington de Souza) ficou conhecido por abordar temas como: Bullying, uso consciente da água, reciclagem, entre outros.
“O cordel entrou na minha vida quando eu era criança, ainda em Tianguá, ouvindo os folheteiros e cantadores de cordel nas feiras. Depois lendo esses folhetos e romances dos mestres, Leandro Gomes de Barros, Silvino Pirauá e muitos outros. Me descobri poeta ainda garoto, mas só passei a guardar os meus escritos quando estava no Liceu e, nesse tempo nem sonhava em escrever cordel. Quando vim para o Rio de Janeiro, ainda que frequentando a Feira de São Cristóvão, só passei a escrever cordel muitos anos depois, por volta de 2006. E, apesar de escrever cordel desde esse ano (2006) só passei a publicá-los em 2016, mesmo ano em que publiquei meu livro solo, de sonetos” – relata o cordelista.
Em 2019, o cordelista cria o projeto “Cordel na minha escola”, onde o mesmo, junto ao escritor gonçalense Erick Bernardes, visitava escolas do município fazendo oficinas gratuitas de cordel. O projeto fazia parte do ciclo de palestras e cordéis que a dupla de escritores desenvolvia sobre as histórias dos bairros de São Gonçalo.
“Em 2019 eu comecei um projeto com escolas de São Gonçalo, acompanhando o Diário da Poesia, (diário itinerante). No mesmo período, criei um projeto Cordel na minha escola. Que consiste em dá oficina e ou palestra de e, sobre cordel. Inspirado no projeto do Diário Itinerante do professor Renato Cardoso, foi desenvolvido por mim e pelo cronista Erick Bernardes. Em algumas Escolas, nós fizemos a culminância do projeto com a criação e feitura de um cordel coletivo” – disse Zé Salvador.
Em algumas escolas, o fruto final, destes ciclos de palestras, foi a escrita, por parte dos alunos, de um folheto de cordel coletivo, marcando de vez o sucesso do projeto.
Em 2020, o cordelista dará continuidade a este belo projeto de incentivo à escrita e à leitura, indo as escolas públicas ou privadas, fazendo palestras e oficinas cobre cordel.
“Em 2020, estou dando continuidade ao projeto, indo às escolas, onde estarei ministrando oficinas e ou palestras sobre o cordel. Meu objetivo maior é levar o cordel e sua história à sala de aula, fazendo a divulgação e fomentando, no aluno, o gosto pela leitura; desenvolver aptidões, provocando uma culminância com criações coletivas, ou individuais de acordo com o desempenho desses grupos” – finaliza o cordelista.
A escola que tiver interesse neste projeto, basta entrar em contato com o cordelista Zé Salvador nos telefones: (21) 9 8027 4279 / WhatsApp (21) 9 8027 4279 ou (21) 2713 5061.
Zé Salvador talento nato, profundo conhecedor dessa arte. Levar às escolas esse projeto que já é reconhecido pela sua importância é um grande presente a todos que desejam conhecer a autêntica literatura nordestina de cordel. Sga em frente meu amigo contribuindo cada vez mais com a arte e cultura da nossa cidade.
Experiência belíssima e enriquecedora, vivemos na Escola Municipal João Cabral de Melo Neto. Como foi maravilhoso colher frutos do trabalho que realizamos em conjunto com estes dois talentosos e generosos escritores, Zé Salvador e Erick Bernardes, que juntos compartilham tanto conhecimento em nossas salas de aula! Muito obrigada, queridos! Estaremos juntos novamente em 2020!