A face simplificada da vida!
Dê-se tempo para ler, ouvir músicas e risos de criança
Dê-se tempo para escrever o que lhe vem em mente
Dê-se tempo para levar água à ressecada esperança
Dê-se tempo para ver nascer por ti a semente plantada
Dê-se tempo para agradecer a tanta gente que te ajudou
Dê-se tempo para brincar e matar essa fome faminta da vida
Dê-se tempo para sonhar de dia o que de noite jamais se sonhou
Dê-se tempo para abraçar a montanha, beijar o mar e apanhar as flores do campo
Dê-se tempo para a alegria, a luz e a cor…
O que é o tempo se não o espaço de viver?
Ah! Quem me dera aproveitar o caminho que ali no percurso da vida pudesse também ser feliz… Toda uma vida baseada em expectativas e quantos momentos destes realmente aproveitamos?
Quem vive no percurso se frustra menos. Não importa o resultado, o caminho é agradável, livre de ansiedade, perto da felicidade! Quem vive no caminho não se arrepende da saudade, se debruça na espera, come a fruta da estrada, curte o verde da paisagem.
Como seria então, viver sem solidão? Curtir cada momento como um presente, resolver cada problema em seu lugar, não sofrer por antecedência, não se irritar por coisas bobas. Perceber então, que como diz Kell Smith, na música “Era uma vez”, “a felicidade real mora no caminho e não no final.”
Dar tempo, é aproveitar a vida, é entender o momento, é reconhecer que já estamos na conquista, e que a espera é para curtir. Dar tempo é entender que para viver é preciso desligar o piloto automático e se debruçar no prazer de dirigir; afinal, se nisso não mergulharmos, a vida passará depressa e, lá no fim, só haverá a saudade de uma vida da qual não pudemos viver. Penso eu que o pior arrependimento está em não fazer e perder a oportunidade de experimentar do prazer de simplesmente arriscar.
(Esse texto é de Mirna Araujo, esposa, mãe, psicanalista clínica, hipnoterapeuta, programadora neurolinguística e amante da vida, da arte, e do amor. Instagram: @mirnapsi)
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Luiza Moura.