Desabafos & DiscussõesLuiza Moura

Precisamos falar sobre o “feminismo tóxico”

        Muito se ouve falar sobre a “mascunilidade tóxica, que de forma resumida estaria associada a uma manifestação de diversos traços do gênero masculino, aceitos e muito reproduzidos a gerações, baseados em crenças populares de diversas culturas que reforçam a tendência a não expressar emoções e a buscar através da força e do poder as conquistas e a própria reafirmação do “ser homem”, acarretando assim em diversos modos de adoecimentos físicos e psicológicos, além das consequências disso para a convivência social e a manutenção de relacionamentos. E, obviamente, não podemos negar que esse extremo também merece uma atenção especial, de modo a atenuar as consequências de tais comportamentos.

        No entanto, o que há de se discutir aqui, é justamente um assunto que pouco se traz à pauta, mas que vem se mostrando cada vez mais prejudicial: o “feminismo tóxico”. Mas, antes mesmo de começar a falar sobre isso vamos resgatar o conceito de feminismo e, trago assim, de modo breve, a definição da ensaísta americana Bell Hooks que diz que este é um movimento destinado a acabar com o sexismo, a exploração sexista e a opressão. Sabemos, entretanto, que essa discussão seria ainda muito mais ampla e nos levaria a uma viagem por vários países e momentos históricos de lutas por equidade e conquista de direitos básicos, o que nos convence claramente sobre a sua importância.

        Vale salientar que a equidade é algo importante para todos: pensar sobre dar às pessoas o que elas precisam para que todos tenham acesso às mesmas oportunidades, respeitando as diferenças e valorizando as singularidades de cada um. Pensando sobre o Brasil, seria como simplesmente colocar em prática o que a própria Constituição Federal diz: “(…) todos iguais perante a lei (…). Mas o que vem ocorrendo atualmente é uma grande distorção, por parte de algumas mulheres que se vestem de um “feminismo tóxico” que pinta o homem como sendo absolutamente ruim e desnecessário, desmerece a construção das famílias e dita à mulher que o descuido com a aparência, o descaso com a saúde e a manutenção de um “pseudoempoderamento” que valida a objetificação dos seus próprios corpos é o que deve valer e, que inclusive, as mulheres que não concordem com isso, também precisam ser massacradas.

        Talvez falte o bom senso de relembrar que quaisquer posicionamentos extremistas são muito danosos e que é importante, acima de tudo, manter o respeito perante as escolhas e diversas interações sociais possíveis. Podemos e devemos continuar lutando por equidade, mas o que não podemos é confundir isso tudo fazendo julgamentos e tentando reprimir ou invalidar quem pense e exista de modo diferente ao que acreditamos. Em conclusão ao exposto, quero dizer as mulheres que todas as escolhas devem ser respeitadas! É possível continuar buscando a conquista e manutenção dos nossos direitos e ainda assim optar por cuidar da nossa aparência, do nosso corpo, da nossa saúde, da nossa vida. É salutar poder escolher entre ter ou não um relacionamento, poder continuar acreditando na construção de famílias e, inclusive, ter validado o desejo de poder continuar cuidando do próprio lar. Temos também o direito de escolher se ou quando queremos ser fortes e se ou quando queremos ser frágeis e cuidadas.

        (Esse texto é de Luiza Moura, de Feira de Santana- Bahia. Enfermeira. Psicanalista e Hipnoterapeuta. Perita Judicial. Mestre em Psicologia e Intervenções em Saúde. Doutora Honoris Causa em Educação. PhD em Saúde Mental – Honoris Causa – IIBMRT – UDSLA (USA); Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. Possui MBA em gestão de Pessoas e Liderança. Sexóloga; Especialista em Terapia de Casal: Abordagem Psicanalítica. Especialista em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Especialista em Perícias Forenses. Especialista em Enfermagem Forense. Compositora e Produtora Fonográfica. Com cursos de Francês e Inglês avançados e Espanhol intermediário. Imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça. Acadêmica do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires. Membro da Luminescence- Academia Francesa de Artes, letras e Cultura. Membro da Literarte- Associação Internacional de Escritores e Artistas. Publicou os livros: “A pequena Flor-de-Lis, o Beija-flor e o imenso amarElo” e “A Arte de Amar. Instagram: @luiza.moura.ef)

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Luiza Moura

Luiza Moura de Souza Azevedo é de Feira de Santana. Enfermeira. Psicanalista e Hipnoterapeuta. Perita Judicial. Mestre em Psicologia e Intervenções em Saúde. Doutora Honoris Causa em Educação. PhD em Saúde Mental - Honoris Causa - IIBMRT - UDSLA (USA); Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. Possui MBA em gestão de Pessoas e Liderança. Sexóloga; Especialista em Terapia de Casal: Abordagem Psicanalítica. Especialista em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Especialista em Perícias Forenses. Especialista em Enfermagem Forense. Compositora e Produtora Fonográfica. Com cursos de Francês e Inglês avançados e Espanhol intermediário. Imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça. Acadêmica do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires. Membro da Luminescence- Academia Francesa de Artes, letras e Cultura. Membro da Literarte- Associação Internacional de Escritores e Artistas. Publicou os livros: “A pequena Flor-de-Lis, o Beija-flor e o imenso amarElo” e "A Arte de Amar. Instagram: @luiza.moura.ef

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