Ezequiel Alcantara

Teus Portentos, Meus Anseios

Teus Portentos, Meus Anseios

Olha bem, mulher
Eu vou te ser sincero
Eu tô com uma vontade danada
De te entregar todos os beijos que eu não te dei…

Rubel

O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino é o amor
Pra sempre vou te amar…

Roberta Campos & Nando Reis

Angelus, como gostaria que tu soubesses os anseios que assolam o coração deste pobre poeta… perdoe-me por tamanha ousadia, Amada Musa. É que anseio tanto ouvir novamente tua voz suave, ler os teus lindos escritos, ver o belíssimo cintilar que há em teus sorrisos e olhares… oh! Deixar ver-te é o mesmo que condenar-me e infligir-me o pior dos castigos! Aproveitando este momento de suplício, peço-te perdão por minha ausência e demora em responder-te… Foi por causa de uma correria doida que perpassou minha vida nesses meses. O pouco momento que paro em casa aproveito para descansar meu corpo exaurido. Mas, finalmente, chegaram as férias!

Bem, agora já estou mais tranquilo. Concluí vários projetos, esbocei outros para depois e, graças a deus, pude voltar a ler e a degustar poemas em minha varanda, acompanhado daquele delicioso café, — que sempre vivo a contar-te em nossas conversas. Mesmo sem perceber, a saudade me invade o peito. E em cada poema que leio e releio, por cada verso de amor que perpasso, sinto-te ali comigo comungando do mesmo sentir. Fico devaneando pensamentos tão amáveis, e meu ser, tão lacrimoso, relembra do último dia em que nos encontramos: só por saber que tu virias, logo cedo o meu coração fremia de anseios inenarráveis. Vi-te. E, automaticamente, meu ser tranquilizava-se por contemplar teus divinais portentos… Ver-te surgir em minha frente, os teus divinos cabelos tremularem com o vaguear do vento, e o teu riso nascer em teus doces lábios, após teus olhos terem se encontrado perfeitamente com os meus, era o mesmo que vislumbrar uma poiésis divinal, como se numa tarde escura, nublada, o sol perpassasse as nuvens frientas, em raios transversais, revelando à natura todo seu esplendor!

Ontem, a noitinha, estava eu aqui na varanda e deu vontade de “fazer um som”. Então peguei minha guitarra. Tadinha, notei que estava de cordas enferrujadas devido ao tempo em que passou guardada, — até vi que uma delas havia arrebentado — mas ainda dava para tocar alguma coisa. Entre música e outra que decantava ao luar, não tinha como não lembrar de ti, ó, meu Angelus. Estava tocando uma música, aquela que você ama tanto por sinal, e resolvi gravar. Pensei naquele momento: “a Musa irá gostar de ouvir”. E mandei-te sem demora. Como já estava ficando tarde, guardei tudo e fui me deitar… Aquela “bendita” enxaqueca de que lhe falei voltava a me atormentar. Peço-te perdão, não havia notado antes, mas vi que havias deixado uma mensagem para mim. Li-a. E, assim como me senti naquele dia, a felicidade voltou a preencher e perfumar meu ser. Disseste-me: “— Tu não tens noção de como eu sinto paz te ouvindo, de como fazes a minha mente, minha alma e o meu coração feliz…”. Ó Deusa do Mar, ao saber disso, meu coração pulsou muito mais forte, como nunca tinha ocorrido, fez-me sentir o calor da vida voltar a fluir em minha alma.

Ó Musa… Guardiã e Protetora do meu Amor… este mísero homem, a quem chamam de poeta, não se acha digno, nem merecedor de tais palavras proferidas por ti. Porque sei que este peito que bate, que anseia teus enleios, que decanta seu sentir, que devaneia sonhos tão doces contigo, só arrisca versos por causa do teu gentil sorriso, tua voz poética, teu carinho afável, tua meiguice, tua alma e teu coração. Meus poemas e pensamentos não são mais meus, minhas músicas e palavras não são mais minhas, porque tudo são desígnios vindos de ti e só para ti.

Saiba que, por mais que deslumbres o porvir dos braços de outros Entes aqui na Terra, somente os teus infindos portentos concedem dádivas sublimes através dos anseios dos olhos meus.

Creio que és tu, Minha Amada Angelus Nigrum, que não tens ideia do quanto bem fazes a este pobre Ser que te ama e te adora em silêncio.

Anseio ver-te e provar teus portentos em breve.

Com todo amor e carinho, de teu singelo poeta,

Ezequiel Alcântara Soares.

São Gonçalo, 20 de janeiro de 2023

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Ezequiel Alcantara

Olá, sejam todos bem vindos ao meu recanto poético! Me chamo Ezequiel Alcântara Soares, nasci em 28 de Julho de 2000 na cidade de Reriutaba no Ceará, onde me criei e vivi na comunidade de Riacho das Flores até o dia em que tive que deixar meu "torrão natal" e viver em São Gonçalo - RJ. Bem, sou apenas um ser humano, que foi se construindo ao longo do tempo, assim como uma colcha de retalhos, formado por luzes e trevas. Desde criança brilho o olhar pela poesia e pela escrita, com muito amor e carinho, o que resultou em cordéis publicados, participação em antologias poéticas e diversos escritos. Faço graduação em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e sou membro da União Brasileira de Trovadores (UBT) seção São Gonçalo. Este recanto visa apresentar poesias e textos que inspirem, através de minha poética, o mais nobre que há nos sentimentos humanos e que transcrevam, sutilmente, as estações do coração. Aproveitem! Que possamos amar profundamente, sejamos poesia!

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Um Comentário

  1. O poeta que nos escreve, merece ouvir as mais belas palavras, os mais sinceros parabéns!
    Uau que lindo!
    Toca profundamente a alma feminina.
    Ezequiel você será o poeta que fala da alma feminina.
    Sensacional 👏👏👏

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