O coração de abóbora
O sinal tocou, preciso correr
Tenho que ir logo pegar meu coração
Calma, não é o que bate; é o de comer
Cor de abóbora cheio de emoção
Se demorar vai acabar meu favorito
Apostei um papel de carta que chegaria primeiro
Segura a mochila pra não cai o livro
Volta correndo pra não perder o recreio
A tia que fazia a alegria da moçada
“Tia Vera, Tia Vera, me vê um doce!” gritava
Mais alunos na carrocinha do que na sala
Cada pedaço do coração, a vida, adocicava
No coração vermelho a lembrança do sabor
No paladar só sei se eu de novo provar
O gostinho do coração abóbora na cor
Doce memória; doce recordar.
Josileine Pessoa F Gonçalves
Poesia baseada no depoimento voluntário da amiga Jaqueline Teixeira.
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