Desalento
Desalento
“Desolado! a palavra soa como um dobre,
Tangendo-me de ti de volta à solidão!
Adeus! A fantasia é véu que não encobre
Tanto como se diz, duende da ilusão.”
John Keats
Oh! Como tenho saudades
Dos meus dias de calor,
Onde havia inspiração
No meu peito e muito amor!
Tinham suspiros afáveis
Naquele seio quentinho,
Que acalmava o coração,
Sonhando grande carinho…
E aos poucos foram findando
As flores do meu caminho.
Aqueles dias de vida
Penderam à solidão,
Definhando meu sentir
Corroendo o coração.
Aqueles dias de entrega
De meus muitos acalantes
No calor de doces beijos,
E suspiros incessantes!
Agora restam saudades
Daqueles dias distantes…
Estão vindo os dias frios
Para atormentar lembranças
Do verde que foi murchando
Nas pétalas de esperanças.
Ezequiel Alcântara Soares
Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/photos/%c3%a1rvore-n%c3%a9voa-panorama-natureza-3153571/
__________________________________________________
Gostou? Então, siga e compartilhe nossas redes sociais.
Instagram: @revistaentrepoetas / @ezequiel_alcantara28
Facebook: facebook.com/revistaentrepoetasepoesias / facebook.com/ezequiel.alcantara.142
Calor e frio , amor e desamor , saudosismo e melancolia. Perder o amor , perder a vida , não enxergar a luz ! Belos versos de uma bela poesia inflamada de uma ausência imensurável, uma dor de viver. Parabéns, poeta Ezequiel!