Ezequiel Alcantara

Desalento

Desalento

Desolado! a palavra soa como um dobre,
Tangendo-me de ti de volta à solidão!
Adeus! A fantasia é véu que não encobre
Tanto como se diz, duende da ilusão.

John Keats

Oh! Como tenho saudades
Dos meus dias de calor,
Onde havia inspiração
No meu peito e muito amor!

Tinham suspiros afáveis
Naquele seio quentinho,
Que acalmava o coração,
Sonhando grande carinho…
E aos poucos foram findando
As flores do meu caminho.

Aqueles dias de vida
Penderam à solidão,
Definhando meu sentir
Corroendo o coração.

Aqueles dias de entrega
De meus muitos acalantes
No calor de doces beijos,
E suspiros incessantes!
Agora restam saudades
Daqueles dias distantes…

Estão vindo os dias frios
Para atormentar lembranças
Do verde que foi murchando
Nas pétalas de esperanças.

Ezequiel Alcântara Soares

 

Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt/photos/%c3%a1rvore-n%c3%a9voa-panorama-natureza-3153571/

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Ezequiel Alcantara

Olá, sejam todos bem vindos ao meu recanto poético! Me chamo Ezequiel Alcântara Soares, nasci em 28 de Julho de 2000 na cidade de Reriutaba no Ceará, onde me criei e vivi na comunidade de Riacho das Flores até o dia em que tive que deixar meu "torrão natal" e viver em São Gonçalo - RJ. Bem, sou apenas um ser humano, que foi se construindo ao longo do tempo, assim como uma colcha de retalhos, formado por luzes e trevas. Desde criança brilho o olhar pela poesia e pela escrita, com muito amor e carinho, o que resultou em cordéis publicados, participação em antologias poéticas e diversos escritos. Faço graduação em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e sou membro da União Brasileira de Trovadores (UBT) seção São Gonçalo. Este recanto visa apresentar poesias e textos que inspirem, através de minha poética, o mais nobre que há nos sentimentos humanos e que transcrevam, sutilmente, as estações do coração. Aproveitem! Que possamos amar profundamente, sejamos poesia!

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Um Comentário

  1. Calor e frio , amor e desamor , saudosismo e melancolia. Perder o amor , perder a vida , não enxergar a luz ! Belos versos de uma bela poesia inflamada de uma ausência imensurável, uma dor de viver. Parabéns, poeta Ezequiel!

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