As datas comemorativas, como o próprio nome sugere, são dias em nosso calendário, onde celebramos, vivenciamos algo, fazemos uma fuga importante da rotina, ficando ao lado de pessoas especiais, os familiares e amigos. Porém, vocês já pararam para pensar, em quanto o tempo é precioso, e o modo como o desperdiçamos, por não saber aproveitar, entender ou vislumbrar outros ângulos do que nos é ofertado de bom grado?! Convido vocês então para algumas reflexões natalinas, uma percepção diferente dos símbolos e significados que permeiam está data tão singular.
Comecemos então pela árvore. De que maneira podemos interpretá-la? A árvore pode ser, e é muito mais que uma estrutura expressiva, colocada na sala, onde nos reunimos para a troca de presentes. A árvore é firmeza, alicerce, dito isto, fica o questionamento. Estão os caules da árvore de sua vida, fincados em sentimentos sólidos?
Não deixe a mágoa se infiltrar na raiz, pois ela sequestra os nutrientes emocionais, tornando a fotossíntese obsoleta, comprometendo a clorofila essencial para seu cotidiano. No que diz respeito aos enfeites, vamos colocá-los tal sendo seus objetivos e sonhos realizados ao longo do ano que se passou. Suas lutas, glórias, dificuldades, expostas ali para que você possa lembrar que Deus é mais, e que haverá sempre o sol após uma noite escura.
Partindo para o âmbito dos presentes, o que realmente será significativo e duradouro e não perderá relevância no ano seguinte. Porventura estar presente seja o maior “presente” que alguém pode ganhar no natal. Se importe com a dor do outro, saiba ser gentil, aprenda a ouvir e calar, pondere, diga eu te amo sem moderação, sorria, pois a vida é bela, cante, louve ao Senhor, festeje com os seus. Os presentes materiais, considere-os como um segundo plano, um pano, que pode ser usado, mas, não é o item primordial da mesa, e falando em mesa, como esquecer do peru, do panetone, e de tantas pratos da ceia, entretanto, sendo prático e categórico, a fartura não é o que importa no fim das contas, o que conta mesmo, é o ato da reunião, de se sentar coladinho, do olho no olho, das sessões de nostalgia proporcionadas quando associamos uma determinada refeição, com um episódio de nossa existência. Se for beber então, beba com moderação, como diz o comercial da televisão, se não moderar, chame um amigo para dirigir, pois a próxima curva pode ser a última, e a magia do natal não pode acabar assim. Sendo o natal, luz, vá além do que fazem os pisca-piscas, e ilumine o ano inteiro, seja luz para alguém, faça uma boa ação, para um amigo, um parente, um desconhecido, a lei do retorno prevalecerá, e a famosa frase que diz ” Deus lhe dará em dobro”, é certa como dois e dois são quatro.
Sobre o Papai Noel, que nos espelhemos em seu exemplo, coloquemos no colo nossos filhos, e deixemos de lado, o trabalho, as preocupações, para que possamos ouvir nossos pequenos, dar carinho, sermos pais, pois, uma infância feliz, formará um bom ser humano.
Esqueça as diferenças, perdoe como Jesus perdoou, ame como Deus amou, que seja inesquecível, e com uma visão diferente, seu natal.
(Esse texto é de Jonnata Henrique, poeta e escritor, da cidade de Brejo da Madre de Deus em Pernambuco.)
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Luiza Moura.
