Renato Amaral

O Equilíbrio e as abelhas

Fonte da Imagem: Pixabay – Imagem de jggrz por Pixabay

Uma vez ouvi alguém dizer (ou li em algum lugar, não me recordo ao certo), que se todas às abelhas fossem extintas da face da Terra à população do planeta só viveria por mais quatro anos. Isso devido a todo processo de polinização que traz vida a natureza.

Nesse quesito crucial de sobrevivência é que entra a questão do equilíbrio para nos lembrar que tudo na natureza está ou vive em harmonia e se essa cadeia é quebrada gera transtornos até irreversíveis para o todo. Enquanto alguns ouvem sobre as abelhas e pensam que agora terão maiores responsabilidades e devem seguir como protetores, outras se eximem de qualquer compromisso, riem e se puderem ainda às matam para provar que os cientistas estão errados. Aí está um caso clássico de equilíbrio entre o humanista e o boçal.

O que nos deixa desanimados nesta árdua batalha pela estabilidade é quando observamos a balança pender para o lado equivocado, hipócrita, vil, tirano e ignorante. Desde criança eu ouço que a tendência é o mundo melhorar, que a humanidade irá evoluir, mas após mais de quarenta anos vividos percebo que todo aquele discurso não passou de falácia. Tudo permanece igual ou pior.

Com muito custo comecei a fazer a minha parte. Pequenos gestos e atitudes que talvez modifique um milésimo de alguma coisa para o Mundo, ainda que ínfimo é o melhor que eu tenho a oferecer a coletividade. Visualmente pode não ser algo substancial ou pujante, entretanto essa modificação pessoal pode inspirar outras pessoas. Eu espero que a minha balança mantenha o equilíbrio ou ao menos uma razoabilidade. Sabendo que se por acaso ela pender, seja para o excesso de zelo, pois nesses casos é sempre salutar pecar assim do que pela omissão.

O meu start pra valer se deu a partir da paternidade e acredito que deva ter sido assim para muitos. Minha satisfação hoje é saber que posso impactar no futuro das minhas filhas. A lógica é deixar um planeta melhor habitável para elas e consequentemente para as gerações futuras.

Nessa questão do equilíbrio é estranho saber que nossas vidas dependem das abelhas, contudo é também um alívio que dependam delas e não dos homens. Pois por estes últimos o mundo seria um lugar hostil e inabitável.

A partir do momento que ouvi sobre a importância das abelhas para a nossa sobrevivência, apesar dos ferrões, tornei-me defensor ferrenho delas.

 

Por Renatto D’Euthymio

Instagram: renattodeuthymio

E-mail: renattodeuthymio@gmail.com

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Renatto D'Euthymio

Renatto D'Euthymio, carioca de Santa Tereza, dividindo residência entre São Gonçalo - RJ e a pacata e inspiradora, São José do Calçado no Estado do Espírito Santo. Estudante Rosacruz, técnico em Radiologia, flamenguista fanático e apaixonado pelas filhas Rannya e Rayanne. Cultiva desde criança uma paixão pelos livros e seus gênios. Autor do livro de poemas Solilóquio Antes e Depois da Forca (2020) e do livro de humor O Tabloide Jocoso (2021). Premiado em dezenas de concursos literários (Poesia, Crônica, Conto e Microconto), e publicado em Antologias e Coletâneas. É tão ligado à Literatura que de vez em quando não se contém e atreve-se a rabiscar algumas linhas.

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