Giovanna Bayona

Respeitar a si mesmo.

 

Não quero fazer desse texto uma explicação, afinal minha função aqui não é essa, porém é impossível voltar a escrever aqui sem mencionar um pouco do que aprendi nesse tempo afastada.  O Respeito é essencial para poder viver bem em sociedade, mas pouco se fala sobre respeitar a si mesmo.

Respeitar a mim tem sido meu maior desafio, mas também a solução para muitas de minhas questões pessoais. Se respeitar vai muito além de cuidar da nossa saúde, ou de dizer não para as coisas. É você saber o que te machuca, e como você vai lidar com isso, é honrar seus compromissos consigo mesmo, é analisar se você pode lidar com as consequências de cada escolha. Se respeitar é saber pedir ajuda, mas também é saber que você tem que aprender a ter autonomia, porque às vezes você vai se encontrar sozinho em algumas situações. Se respeitar é ter empatia com sua própria dor seja ela grande ou pequena, não se pode desvalorizar o que sente.

Me respeitar tem sido difícil, pois sempre desvalorizei o que sentia, sempre cataloguei minhas experiências como pequenas, meus sentimentos como rasos. Eu ficava satisfeita com o que eu conseguia realizar, mas ao mesmo tempo tirava todo o valor daquela realização, pois achava pequena demais.

Não sei a razão dessa falta de confiança, talvez seja porque sou mais uma jovem nesse mundo que se tornou tão imediatista, onde respeitar seu próprio tempo é sinônimo de atrasado pra grande parte do mundo. E o que foi feito, apesar de bem feito, nunca parece o suficiente pra mim.

Apesar de entender que o primeiro passo para respeitar a si mesmo é que cada um tem seu próprio tempo para florescer digamos assim, existe uma linha muito tênue entre respeitar seu próprio tempo e se acomodar, e se torna fácil confundir essas duas coisas. Confesso que às vezes caminho por essa linha como se fosse uma corda bamba, fazendo com que eu me acomode em escolhas ruins, porque já conheço as consequências delas. Acabo me sabotando, fazendo de punição, por nunca ser boa o suficiente.

Nesse tempo que fiquei afastada eu me sabotei demais, e vivi muitas consequências que eu ainda não conhecia, e foi assustador, de repente me vi sem qualquer fé, seja em mim mesma, nos outros, em Deus, enfim… Mas não desisti em nenhum momento de sair disso. Se eu perdi minha fé, não tem problema, eu acho ela de novo.

Buscar a fé no geral, principalmente no sentido de confiança não é fácil, eu pedi ajuda, eu tive paciência, e fiz uma coisa por vez. Aprendi a me respeitar, aprendi que tenho meu próprio tempo, mas que não devo me preocupar tanto com prazos e sim com o que eu realizo. Aprendi que às vezes um simples diálogo resolve tudo, que nenhuma situação é um bicho de sete cabeças que não se possa resolver. Hoje digo não para mais situações que eu não concordo, e digo mais sim pra mim. Hoje eu me sinto mais forte lidando com a minha ansiedade, venho tentado usar ela de combustível e sinto que ela perde cada vez mais a força. E aqui estamos, voltando a escrever de novo tanto para coluna como fora dela, porque estou me permitindo a não ficar ansiosa por textos perfeitos.

Por isso tento deixar essa mensagem, se respeite! Você não precisa provar nada pra ninguém, nem pra você mesmo. Só é preciso saber viver tendo dentro de si, que felicidade, sucesso pleno não existem, o que existe é a habilidade que você tem para lidar com suas ações e reações, suas escolhas. E quanto mais habilidade você tiver, mais leveza você sentirá.  E como conseguir isso? Só vivendo. A vida é a maior escola prática que podemos ter, e ter medo dela não ajuda em nada.

 

Meu Instagram: @giovanna.bayona

Fontes:

Imagem Destacada e Imagem Interna: –  Imagem de <a href=”https://pixabay.com/pt/users/hansuan_fabregas-2902307/?utm_source=link-attribution&utm_medium=referral&utm_campaign=image&utm_content=7670877″>HANSUAN FABREGAS</a> por <a href=”https://pixabay.com/pt//?utm_source=link-attribution&utm_medium=referral&utm_campaign=image&utm_content=7670877″>Pixabay</a>

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Giovanna Bayona

Giovanna Bayona escreve desde dos 16 anos para se encontrar e entender seus sentimentos, porém só com 22 anos se reconheceu como escritora e começou a divulgar suas crônicas e algumas poesias nas redes sociais, o que abriu portas para alguns projetos literários como a participação no quadro Saideira (2020) e no Sarau das Mulheres (2021) ambos no Canal Literaweb no Youtube. Possui participações em duas antologias da Editora Psiu e também participou da primeira edição da Coletânea Palavra em Ação da Editora Jornal Alecrim (2021). Agora também colunista da Revista Entre Poetas & Poesias pretende continuar expandindo sua escrita para todos que assim com ela são apaixonados por palavras.

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