A senhora do giz
A senhora do giz
Escapando por um triz
À senhora do giz
Que tinha aquela infeliz
Ocupação de surpresa
Onde tirava defesa
A quem só escrevia
No suporte que referia
Os malefícios tantos
Pontuando todos os cantos
Mas nada preparados
A quem nos visíveis prantos
Tinha suportes desfasados
Para dar por contornadas
Em quantificáveis admiradas
As inúmeras contrariedades
Postas nas seriedades
Desafiantes às sociedades
E eram por quantidades
Desconhecidas naqueles lados
Menos nos controlados
Pela senhora do giz irritado
Na maioria do enfrentado
Escrito conteúdo visado.
Mas nessa ocasião
Da concreta intenção
Pela senhora no rompante
Entrando como desafiante
Pela censura motivante
E mais acrescento dito
Que só ela ao quesito
Saberia responder certo
Estava o reduto deserto
Pois que afinal, nem perto
Estaríamos por concreto
Pelo menos no directo
Querer mais correcto.
A senhora do giz pontual
Para não dizer existencial
De sua parte nominal
Chegara bem atrasada
Para fuga respirada
Até outra recepcionada
Acolhedora efeminada
Para escrita autorizada
Ainda que localizada
Como apenas disfarçada
E para alguns apenas destinada.
Ficara realmente encantada
Ao receber no seu discreto
Esconderijo talvez secreto
A equipa da interventiva
Escrita quiçá preventiva
De outras nobres posições
Nas constantes oposições
E na certeza de serem lições
Às incautas disposições
Por vezes tão puras
Como demasiado ingénuas
Redigindo às escuras
Ou caminhando nuas
Para impiedosas censuras
Que nada perdoavam
E pelo tudo atordoavam.
Nova fuga na rapidez
Que escapou à nitidez
De senhora apontando
O giz ali esbracejando
Pois depressa apercebeu-se
De quem escondeu-se
Atrás de escuros arbustos
Com presença de sustos
Cada vez mais próximos
Minutos que seriam últimos
Na certeza aproximando
Perante senhora clamando
Por reforço distanciado
Mas que seria disponibilizado
Esperava por contabilizado
Rapidamente em diminuto
Tempo de agir no bruto
Se nada desse refuto
Para respirado conduto
O nosso pelo estudo
De saída enfim por astuto
Como unido grupo
Todo ele sempre mudo
Perante qualquer apupo.
Mas ela nada respondeu
Porque incerto percebeu
Ou talvez por cansada
Nos ter dado pacificada
Trégua democratizada.
Mas assim não sucedia
Enquanto se fugia
Com os papéis voando
De mão passando
Para outra caminhando
Ao mesmo tempo
Que havia contratempo
Na senhora refilando
Enquanto ia apontando
Na direcção nossa
O giz que falhou coça
Na pele a salvo, talvez
A própria fugindo na vez
Tão repetida nesse mês
À medida que parada
Ela aguardava chegada
Dos reforços demorados
Para nossos suspirados
Correres transpirados
Até esconderijo novo
Que não fosse estorvo
Ao colectivo dever
Por nós bem sentido
Como sendo a valer
Para o que iria redigido
Ser no mais preferido
Intervencionar escrito
Em jeito de urgente grito
Para a desejada via
Da necessária democracia.
Fonte da imagem: Foto do Autor