Desabafos & DiscussõesLuiza Moura

O perdão é um privilégio de quem dá, não de quem recebe

Quem pensa que o perdão é um “presente” dado a outra pessoa muito se engana. Há quem não consiga tirar do coração aquela palavra que feriu, a atitude que magoou, a traição que não merecia ou o amor que não foi valorizado. Alguns dizem: é maior que eu! Não consigo. Sou assim. Tal pessoa não merece meu perdão.

Ninguém é obrigado a voltar a conviver com quem te feriu. Essa opção é individual. Cada um tem o seu limite do que é aceitável ou não. Mas punir é dever da vida, não da gente, porque o perdão, esse não se trata da outra pessoa, mas de você. Não podemos mudar o caráter de ninguém, nem a forma desleal com que elas conduzem as coisas. Isso é um fato! Você não mudará essa pessoa, mas pode mudar a si mesma.

Você pode e simplesmente deve decidir seguir… e perdoar e ficar bem distante de quem te machucou, se isso te fará melhor. Você pode nunca esquecer, porque lembrança não é algo que a gente deleta. Mas se prender a uma dor que o outro te causou é como escolher sofrer a vida inteira por isso e então você nunca saberá o quão libertador é sair das amarras do passado.

Ao contrário do que se pensa, perdoar não é fraqueza. Só quem consegue sentir-se maior do que o que te feriu saberá o valor que tem a própria paz e ela precisa ser a sua maior prioridade. O perdão tem um egoísmo bom, de visar o bem próprio e a saúde emocional.

Ninguém conseguirá ser feliz e seguir em frente se o mal exterior te contaminar ao ponto de roubar as suas energias, seu sono e sua plenitude.

Perdoar não é fácil, nem é um dom, é escolha! É força que se adquire, é ignorar o que não soma, é reconhecer a imperfeição que é humana e não poupa ninguém, é a constatação de que o problema não é seu, mas de quem não sabe lidar com a transparência dos sentimentos.

Não seja a pessoa que fere, seja a pessoa que vira as costas e deixa para trás. Mas se você for a pessoa que fere, será uma pena! A busca pela paz de quem provoca dor no outro é mais longa e trabalhosa do que a de quem teve resiliência suficiente para passar pela dor e seguir em frente, sem culpas e com a eterna capacidade de amar e recomeçar.

(Este texto é de Dany Lima, autora do romance “De lagarta a borboleta- Quando o amor se transforma” e ainda este ano pretende lançar o seu segundo livro. Seus textos também podem ser encontrados no blog “Leitura plus”, na revista “Mulheres empoderadas”, “Versos de mulher” e na sua página do instagram: @delagartaaborboletaof).

Participe também dessa coluna! Envie o seu texto (de desabafo ou reflexão) para o e-mail lmsn_91@hotmail.com ou entre em contato pelo instagram @luiza.moura.ef. A sua voz precisa ser ouvida! Juntos temos mais força! Um grande abraço e sintam-se desde já acolhidos!

Luiza Moura.

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Luiza Moura

Luiza Moura de Souza Azevedo é de Feira de Santana. Enfermeira. Psicanalista e Hipnoterapeuta. Perita Judicial. Mestre em Psicologia e Intervenções em Saúde. Doutora Honoris Causa em Educação. PhD em Saúde Mental - Honoris Causa - IIBMRT - UDSLA (USA); Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. Possui MBA em gestão de Pessoas e Liderança. Sexóloga; Especialista em Terapia de Casal: Abordagem Psicanalítica. Especialista em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Especialista em Perícias Forenses. Especialista em Enfermagem Forense. Compositora e Produtora Fonográfica. Com cursos de Francês e Inglês avançados e Espanhol intermediário. Imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça. Acadêmica do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires. Membro da Luminescence- Academia Francesa de Artes, letras e Cultura. Membro da Literarte- Associação Internacional de Escritores e Artistas. Publicou os livros: “A pequena Flor-de-Lis, o Beija-flor e o imenso amarElo” e "A Arte de Amar. Instagram: @luiza.moura.ef

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