Desabafos & DiscussõesLuiza Moura

A verdade dos sentimentos custa caro

Não é sempre que estamos preparados para sentir tamanha carga energética e, em tantas outras situações atribuirmo-nas a nós de forma putativa.

Estive refletindo sobre a existência em seu mais amplo sentido e, em um dado momento, me questionei o porquê de sentirmos tanto.

Estamos tristes, de repente ficamos felizes, daqui a pouco estamos reflexivos, ora nos sentindo cheios, ora nos sentindo vazios e assim seguimos.

Consciência e racionalidade não se confundem. Essa dinâmica emocional se estende para além da raça humana. Se repararmos bem, perceberemos que tudo que tem vida, tem sentimentos. E no meio desse devaneio eu pude me imaginar vivendo numa dimensão onde não existiam sentimentos. Me assustei!

O sentir é algo inerente ao viver. É algo que reside na consciência e reflete no físico. Nós nos indignamos com a ira, nos abatemos com a tristeza, nos deprimimos com as frustrações e, por vezes, deixamos de lembrar a essencialidade de tudo isso.

Esquecemos que só estamos sentindo porque existimos. Porque somos energia cuja fonte é essa. Esse é o sentido da vida: sentir!

Lidar com tudo isso é sempre difícil. Controlar as emoções, os reflexos da consciência inconsciente, administrar tudo que passa pela nossa cabeça… Mas é importante lembrarmos de que só sente quem vive. De que só vive quem sente. E que uma grandeza faz parte da outra, como o Yin Yang.

Aceitar e receber o que se sente é a forma mais fluida e natural de se desfrutar de cada momento. Seja ele de tristeza, angústia, ansiedade; seja ele de alegria, regozijo e paz; nós não devemos nos esquivar ou tentar driblar aquilo que nos emociona. Sentimentos verdadeiros, como diriam os antigos filósofos, são ágapes: não têm nenhuma outra razão a não ser a de existir. Motivo pelo qual são tão caros, raros e preciosos.

(Esse texto é de Yan Morais, músico, poeta e, segundo ele, aspirante a advogado. É possível ver mais sobre o autor no instagram pessoal @yanmorais13 ou instagram literário @universolivremente)

Participe também dessa coluna! Envie o seu texto (de desabafo ou reflexão) para o email lmsn_91@hotmail.com ou entre em contato pelo instagram @luiza.moura.ef. A sua voz precisa ser ouvida! Juntos temos mais força! Um grande abraço e sintam-se desde já acolhidos!

Luiza Moura.

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Luiza Moura

Luiza Moura de Souza Azevedo é de Feira de Santana. Enfermeira. Psicanalista e Hipnoterapeuta. Perita Judicial. Mestre em Psicologia e Intervenções em Saúde. Doutora Honoris Causa em Educação. PhD em Saúde Mental - Honoris Causa - IIBMRT - UDSLA (USA); Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. Possui MBA em gestão de Pessoas e Liderança. Sexóloga; Especialista em Terapia de Casal: Abordagem Psicanalítica. Especialista em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Especialista em Perícias Forenses. Especialista em Enfermagem Forense. Compositora e Produtora Fonográfica. Com cursos de Francês e Inglês avançados e Espanhol intermediário. Imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça. Acadêmica do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires. Membro da Luminescence- Academia Francesa de Artes, letras e Cultura. Membro da Literarte- Associação Internacional de Escritores e Artistas. Publicou os livros: “A pequena Flor-de-Lis, o Beija-flor e o imenso amarElo” e "A Arte de Amar. Instagram: @luiza.moura.ef

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