Renato Amaral

Vício de Felicidade

Imagem de Alexa por Pixabay

 

A felicidade é um vício que deve ser consumido sem moderação. Não há replay para a vida. Não adianta nos lamentarmos por não termos feito algo no dia quinze de abril. Em compensação, tudo pode ser feito nos dias subseqüentes. Tem o dia dezesseis, o dezessete e daí por diante. O ser feliz é agora! É um projeto contínuo e futuro e não um planejamento de o ser somente no futuro. Não adianta esperarmos para sermos felizes no próximo fim de semana, ou no feriado que está chegando, ou naquele passeio programado para daqui a dois meses. Deve ser uma constante, agora e sempre. Um ato e não uma teoria.

A vida é cheia de esquinas e nunca sabemos o que iremos encontrar ao dobrá-las. Por isso, não adiemos sonhos, amores, beijos e abraços. Não adiemos a felicidade para a compra de um automóvel zero quilômetro ou a aquisição de uma casa nova. Não esperemos a viagem a Paris. Sejamos felizes conhecendo a parte serrana do Estado em que residimos. Toda hora acontece alguma situação para nos chacoalhar, e em minha opinião, de quem ainda é estudante da vida e está aprendendo a ler por entrelinhas, são anjos nos sacudindo à alma. Dizendo para acordarmos, abrirmos os olhos e nos movimentarmos, pois o hoje, amanhã será passado. Aquela frase clichê, “se a vida te der um limão faça uma limonada”, tem muito sentido. O relógio não para até nos sentirmos confortáveis para algo. Ainda não temos um controle remoto para pausarmos o tempo. Às vezes vivemos uma vida inteira sem percebermos que o mote da nossa existência é a felicidade e nada mais. Será que amanhã teremos nos orgulhado pelo que vivemos hoje? Daremos risadas pelos momentos felizes, ou somente lamentaremos pelas 24h perdidas. O exato momento de ser feliz é hoje, agora! O amanhã, por mais que queiramos imaginar ou idealizar, não existe. Muitos não terão a dádiva de amanhecer…

 

Por Renatto D’Euthymio

Instagram: @renattodeuthymio   

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Renatto D'Euthymio

Renatto D'Euthymio, carioca de Santa Tereza, dividindo residência entre São Gonçalo - RJ e a pacata e inspiradora, São José do Calçado no Estado do Espírito Santo. Estudante Rosacruz, técnico em Radiologia, flamenguista fanático e apaixonado pelas filhas Rannya e Rayanne. Cultiva desde criança uma paixão pelos livros e seus gênios. Autor do livro de poemas Solilóquio Antes e Depois da Forca (2020) e do livro de humor O Tabloide Jocoso (2021). Premiado em dezenas de concursos literários (Poesia, Crônica, Conto e Microconto), e publicado em Antologias e Coletâneas. É tão ligado à Literatura que de vez em quando não se contém e atreve-se a rabiscar algumas linhas.

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