Giovanna Bayona

A balança que não deveria existir.

Ninguém é perfeito, essa é uma das verdades mais absolutas dessa vida, por isso nunca entendi muito bem a razão de buscar a perfeição em tudo que fazemos.

Ultimamente essa busca pela perfeição tem aumentado pelas redes sociais onde vidas são expostas, porém com uma realidade montada para ganhar likes. Ainda sim, somos atraídos por essa ideia de atingir o nosso máximo o tempo todo, e que podemos atingir a perfeição na nossa vida, nossa carreira, nossos relacionamentos, nossos corpos, etc. Então fazemos o uso daquela balança que não deveria existir, a balança invisível das comparações. Começamos a nos comparar com gente que nem conhecemos, o que era para ser uma referência positiva se torna uma delicada obsessão, para ser minimamente parecida com aquela pessoa.

Cair nessa comparação é tão sutil que nem percebemos, começamos a comparar só aquilo que a gente queria mudar, coisas positivas, depois quando nos damos conta estamos buscando coisas, estilos que nem combinam com a nossa personalidade, armadilha do nosso subconsciente para se sentir aceito. Nem sempre onde você mais se dedica na sua vida fará sentido para mim, isso não significa que existe jeito errado, ou que alguém é melhor que você, todo mundo faz o que pode, e sendo bem sincera, nada vai depender cem por cento só de você, afirmar isso pra si é fantasiar uma realidade que não vivemos.

Você só precisa fazer o seu melhor, e isso não significa fazer tudo de modo perfeito, ou correto o tempo todo, tem dias que o seu melhor vai ser levantar da cama e ir trabalhar, fazer seus projetos, realizar suas metas, em outros dias seu melhor vai ser ter força pra sair da cama, tomar um banho e ficar bem com você mesmo, e em tantas outras situações isso vai variar. Fazer o seu melhor tem que ser ações que fazem sentido dentro de você, independente se a maioria achar válido, pois as consequências de suas escolhas é você quem vive, e vai por mim é bem melhor passar por algumas coisas chatas sendo elas derivadas do que a gente escolheu. Faz com que a gente durma com a cabeça mais leve.

Nunca deveríamos nos comparar com ninguém, não somos coisas, somos pessoas mutáveis, passivas de erros e acertos, em constante evolução, se comparar é atraso, pois o outro que está sendo usado de comparação nunca estará vivendo sua realidade junto com você.

Infelizmente, acho que a comparação sempre vai existir, essa balança sempre vai estar dentro da gente, mas acho que é possível usar ela só pra ponderar coisas nossas com a gente mesmo, sem se preocupar com os demais, não é fácil, é daquelas missões pra vida toda e acho difícil encontrar alguém que tenha aprendido a fazer assim cem por cento do tempo, mas não custa tentar né. Eu penso assim, a gente tem que ser nossa mudança, nosso próprio exemplo, nossa própria referência, pois no fim é só a gente com a gente mesmo, pois a noite a balança existente na sua cabeça vai ser aquela que te pergunta, “Está feliz com suas escolhas ou só fingindo estar?”.

 

Meu Instagram: @giovanna.bayona

 

Fontes: 

Imagem destacada e imagem interna: Imagem de Mediamodifier por Pixabay.

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Giovanna Bayona

Giovanna Bayona escreve desde dos 16 anos para se encontrar e entender seus sentimentos, porém só com 22 anos se reconheceu como escritora e começou a divulgar suas crônicas e algumas poesias nas redes sociais, o que abriu portas para alguns projetos literários como a participação no quadro Saideira (2020) e no Sarau das Mulheres (2021) ambos no Canal Literaweb no Youtube. Possui participações em duas antologias da Editora Psiu e também participou da primeira edição da Coletânea Palavra em Ação da Editora Jornal Alecrim (2021). Agora também colunista da Revista Entre Poetas & Poesias pretende continuar expandindo sua escrita para todos que assim com ela são apaixonados por palavras.

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