Renato Amaral

Crônica Não deixe para depois!

Imagem de FunkyFocus por Pixabay

Hoje me veio uma reflexão em mente. Por que nós temos o péssimo hábito de adiar tudo? Seja adiar viagens, momentos, palavras e até sentimentos. Na mística Fraternidade Rosacruz há uma frase (quase mantra), que diz: “Não deixe para tarde o que pode realizar pela manhã!” Fora que ouvimos ao longo da vida dezenas de adágios a respeito, como: “A vida é muito curta” ou “A gente depois morre e não fez nada” ou “O tempo voa”. Mas ainda assim protelamos e procrastinamos achando que somos senhores do tempo.

No entanto, o mais engraçado foi o motivo que me fez viajar nessa reflexão. Eu adiei por mais de vinte anos a leitura de um livro que sempre tive vontade de ler. Comprei-o há uma semana e após o término, uma pergunta não saia de minha cabeça. Por que tanto tempo? A questão não é o que o livro acrescentou a minha vida ou a sua importância, e sim a minha inércia em adquiri-lo ou até a negligência de pegá-lo emprestado na Biblioteca.

Depois que passei dos quarenta anos penso que o meu relógio mudou a contagem, mas esse fato deve ser uma das tantas estratégias de defesa do meu cérebro. O que me assustou nessa breve, porém profunda reflexão são as faltas desnecessárias conosco. O que temos feito com nossas vontades supondo que podemos realizá-las depois? Sendo que o depois não existe. Existe somente o agora, o hoje! Deixamos de elogiar alguém que merece, de abraçar com carinho a quem queremos bem, e às vezes até de comprar algo por motivos banais. Passamos tempo demais ensaiando a vida ao invés de viver. Creio que temos ponderado em excesso. Menos protocolos e convenções tornam o caminhar mais leve. A partir de hoje pensarei mais nisso. Não adiar meus projetos, seja ele profissional, pessoal ou sentimental.

Viver o agora é preciso!

 

Por Renatto D’Euthymio

Instagram: @renattodeuthymio

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Renatto D'Euthymio

Renatto D'Euthymio, carioca de Santa Tereza, dividindo residência entre São Gonçalo - RJ e a pacata e inspiradora, São José do Calçado no Estado do Espírito Santo. Estudante Rosacruz, técnico em Radiologia, flamenguista fanático e apaixonado pelas filhas Rannya e Rayanne. Cultiva desde criança uma paixão pelos livros e seus gênios. Autor do livro de poemas Solilóquio Antes e Depois da Forca (2020) e do livro de humor O Tabloide Jocoso (2021). Premiado em dezenas de concursos literários (Poesia, Crônica, Conto e Microconto), e publicado em Antologias e Coletâneas. É tão ligado à Literatura que de vez em quando não se contém e atreve-se a rabiscar algumas linhas.

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Um Comentário

  1. Cada descrição uma ideia diferente. Cada relato uma surpresa ao ler e Cada leitura uma diversidade de ideias e opiniões divergentes.
    Gostei demais dos relatos e das mensagens de cada escritor.

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