Revival: 31 de janeiro de 1865
(Imagem disponível em: https://pixabay.com/pt/photos/pomba-zebra-p%c3%a1ssaro-cobertura-ave-6488440/)
Hoje, acho mesmo cafona essa história de que o diabo cortou as pontas para que Fausto repouse nos seios de Margarida. Não há nada mais fora de moda! Fiquei mesmo pensando que a culpa deve ser lançada ao teatro, não se tem mais um meio de exercer a vida e a culpa é do público velho, que não se educa.
Digo-lhes: parei de jogar milho aos pombos, mas são uma graça, adoro observá-los no telhado. Em vez da disputa por comida, por lá, ficam a namorar e, por vezes, até lançam umas surpresinhas aos passantes nas ruas. Qual foi a minha surpresa quando vi um homem garboso passar…
(imaginei-o com bengala e fraque ao século XIX)
… lançando uma cusparada deliciosa. Decretei de vez a supressão do sexo, é cada uma que os senhores inventam!!! Falo mesmo porque não gosto de provocar imitadores e nem de tocar o terror. Como o dia está fresquinho, peguei do licor e ri à beça. Melhor do que falar de vacina!
(pausa para lembrar que, apesar de representar a loucura, Madalena é morta, os pêsames, eternos)
Foi muita gente escorregando naquela cusparada!!! Tenho de orientar TCCs e não consigo me concentrar… até onde pude contar, pois tenho mais o que fazer, foram uns sessenta escorregões! Eu da minha janela querendo imaginar o que cada passante sentiu naquele momento. Não consegui eleger ninguém como personagem, logo, não lhes descrevo. Fica a anedota, o registro dos tempos de falsos poetas…
(queria dizer “profetas”? Vai o falho ato assim mesmo e a sequência de aliterações em “-ar”)
… o tiro, p… e
Esqueci o palavreado e escapou um golpe de calda nesta coluna.