Desabafos & DiscussõesLuiza Moura

O que a vida me ensinou

Confesso que a questão sexual é algo que eu desejo, sinceramente, que não seja mais discutida um dia. Pelo menos até que se precise conscientizar pessoas ou estudar profundamente os vários aspectos que a envolve, para que isso sirva de esclarecimento, em favor do respeito mútuo, da aceitação da própria condição e principalmente de ajuda para quem se encontra em situação de confusão sobre a própria identidade sexual. Até aí, considero válido, pois assim, paradigmas vão sendo quebrados e seguimos tentando cada vez mais formar uma geração de pessoas que lidam com as diferenças de forma natural e respeitosa.

No entanto, a discussão acerca da orientação sexual de cada um, transformada em questionamentos de mera curiosidade e piadas preconceituosas, é irrelevante para o mundo. Parece inacreditável, mas em meio ao caos, catástrofes, doenças, crises e guerras, as pessoas ainda se importam com quem o outro faz sexo. Compreendo que a sociedade foi formada por padrões e que a mente humana foi condicionada a não ver com naturalidade o que foge do “normal”. Porém, não é aceitável o desrespeito nem a discriminação, sendo considerado crime contra a violação dos direitos humanos. É inadmissível a violência gratuita por conta da intolerância e que pessoas morram apenas por terem uma condição sexual/romântica diferente.

As pessoas são distintas em todos os aspectos. Não há um só indivíduo igual ao outro no mundo. A forma como relacionam-se é mais uma particularidade que não deve ser invadida, pois é intimidade de cada um, até porque não se restringe mais a “homossexual e heterossexual”. Hoje, há uma pluralidade que impossibilita ainda mais, limitar o ser humano, inclusive diferenciar gênero de orientação sexual, entre outras coisas. Isso pode ser pesquisado em caso de dúvida, pois não cabe aqui definições, em nenhum aspecto, até porque são amplos e complexos. Quando usamos, por exemplo, o termo “biafetividade”, remete a afeto por pessoas, de ambos os gêneros. Isso só prova que o sentimento realmente não é uma escolha e que se ama gente e não sexo. E que o sexo é só uma consequência de uma atração, que pode surgir de forma inesperada, por motivos relativos, assim como é para todas as pessoas. Um heterossexual não se atrai por qualquer sexo oposto que encontra na rua. Assim é com todos.

Pessoas se apaixonam por alma, se envolvem por coisas que consideram atraentes, vive conforme seus desejos e emoções e esses não são exatos como os números. O ideal seria que olhássemos para o outro, sem julgamentos. Que todos pudessem ver o que existe de bom dentro de cada um. Que tivessem empatia com a luta interna que todo ser carrega dentro de si, que não enxergassem apenas lésbicas, gays, bissexuais, trans, “questionandos”, inter, assexuados ou mais SEXOS e sim também filhos, irmãos, pais, cidadãos, enfim, SERES HUMANOS.

(Esse texto é de Dany Lima, autora dos romances “De lagarta a borboleta – quando o amor se transforma”, e “De lagarta a borboleta – quando a metamorfose te transforma”, ambos publicados respectivamente na Amazon nos anos de 2018 e 2019. Além das plataformas digitais, seu primeiro livro foi publicado de forma independente e lido por pessoas de vários Estados do Brasil. Colunista no Blog “Leitura Plus”, seus textos também foram publicados nas Revistas “Entre poetas e poesias” e “Versos de Mulher”. Mora em Conceição do Coité, Bahia, faz parte do Conselho de Cultura da sua cidade e atualmente está cursando Serviço Social, na UNEF. Suas redes sociais são: @danygabriel2005 e @autora.danylima)

Participe também dessa coluna! Envie o seu texto (de desabafo ou reflexão) para o email lmsn_91@hotmail.com ou entre em contato pelo instagram @luiza.moura.ef. A sua voz precisa ser ouvida! Juntos temos mais força! Um grande abraço e sintam-se desde já acolhidos!

Luiza Moura.

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Luiza Moura

Luiza Moura de Souza Azevedo é de Feira de Santana. Enfermeira. Psicanalista e Hipnoterapeuta. Perita Judicial. Mestre em Psicologia e Intervenções em Saúde. Doutora Honoris Causa em Educação. PhD em Saúde Mental - Honoris Causa - IIBMRT - UDSLA (USA); Doutora Honoris Causa em Literatura pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. Possui MBA em gestão de Pessoas e Liderança. Sexóloga; Especialista em Terapia de Casal: Abordagem Psicanalítica. Especialista em Saúde Pública. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Especialista em Perícias Forenses. Especialista em Enfermagem Forense. Compositora e Produtora Fonográfica. Com cursos de Francês e Inglês avançados e Espanhol intermediário. Imortal da Academia de Letras do Brasil/Suíça. Acadêmica do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires. Membro da Luminescence- Academia Francesa de Artes, letras e Cultura. Membro da Literarte- Associação Internacional de Escritores e Artistas. Publicou os livros: “A pequena Flor-de-Lis, o Beija-flor e o imenso amarElo” e "A Arte de Amar. Instagram: @luiza.moura.ef

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