Marcos Pereira

A liquidez do amor.

Você já amou? Ou já foi amado? 

Isso parece coisa do passado, mas falar de amor para muitos, não é uma conversa muito agradável.

 Os sentimentos são tão líquidos que não temos tempo de analisar se realmente somos ou não amados.

Porque será?

Já se foi a era que o amor de Romeu e Julieta levava lágrimas aos olhos.

Será que o ser humano perdeu o maior sentimento existente da sua espécie?

Como podemos observar, a sociedade vive transformações profundas e essas transformações estão banalizando os sentimentos de tal forma que hoje é muito mais fácil você ir até o Tinder para conhecer alguém, do que compartilhar olhares, sorrisos e admiração.

Nas rede sociais, somos capazes de demonstrar uma realidade desencontrada de nós mesmos e a receita do sucesso é muitas das vezes mentir. Tudo isso em nome do não se envolver. 

Funciona mais ou menos assim: você vai ao supermercado e escolhe uma mercadoria. Após a escolha, à coloca no carrinho e a leva para casa para ser consumida. Se é bom, dar-se uma nova oportunidade, se não for do agrado, troca-se.  

Esta fluidez, está ligada ao mundo moderno, e esta, ligada a sociedade de consumo.

Estamos tão acostumados a consumir, que nem percebemos que este consumo desenfreado, não nos permite analisar as suas consequências em nossas vidas.  

Um sentimento vazio, pois o que importante não é a qualidade e sim a quantidade que adquirimos. Isso é prático e nos alimenta de sobrevida para experiências futuras.

A tecnologia nos mostra que o encontro virtual é bem mais interessante. Na realidade, indolor. Seria a palavra correta.

O que está em jogo, é o ganho e não o sentimento. Então, cabe a seguinte pergunta: Ser romântico, é ser um ET? Talvez, para uma grande maioria, sim.

Hoje nos perguntamos: O porque de se envolver? Se podemos ter e fazer tudo que queremos.

Infelizmente, a essência do verdadeiro amor deu lugar ao imaginário e ao irreal , perdendo-se dentro de nós mesmos. Assim, o lendário suspiro dos franceses: “Ah!! L’amour, é uma emoção escassa, pois nos novos tempos, o verdadeiro amor, é um sentimento de poucos.

Marcos Pereira

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Um Comentário

  1. Como diria o Livro Sagrado: Nos últimos tempos, o amor de quase todos se esfriaria. O que nos leva a esfriar? A multiplicação da iniquidade. A multiplicação do desdém, a multiplicação da futilidade, da arrogância… Enfim…

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