16 horas de escritaGiovanna Bayona

Tempos escuros

Hoje especificamente, me sinto sem criatividade para escrever, é como se minha mente tivesse tão pesada com tantas perguntas, sobre os tempos incertos que estamos vivendo. Claro, que todo tempo é incerto, instável, mas ultimamente sinto que nós não estamos tendo algum descanso.  É tão triste olhar tantas notícias ruins, acontecimentos que poderiam ser evitados com simples ações. Sei que esse sentimento de desanimo e descrença tem nos dominado de alguma forma, porém prefiro acreditar que é na dificuldade que mora os novos tempos, prefiro acreditar que se a tempestade está forte é porque logo irá sair o sol.

Queria tanto que nós seres humanos não precisassem de tantas dificuldades na vida, para aprendermos as lições que não se ensina na escola, porém temos essa falta de “memória” constante que faz com que a gente repita os mesmos erros, atitudes regadas de orgulho, poder, dinheiro, preconceito e o pior, todas as vezes essas atitudes vem acompanhada de um motivo péssimo mas que na cabeça de muitos naquela hora é justificável. Mas, ai vem as consequências, são feitos os estragos e a humanidade chora arrependida, nós afirmamos aprender, pois tivemos tanto medo, tanta tristeza, mas a calmaria uma hora chega, o medo e a tristeza vai embora e se não fizermos nosso dever de casa, esse aprendizado se esvai da nossa mente. É sempre mais conveniente esquecer nossas experiências ruins, é bom não ter nenhum medo de repetição te rondando a mente, se observamos a gente já faz isso com nossos relacionamentos amorosos, pois se a gente não esquecesse, não cairíamos em tantas relações tóxicas.

Queria que a humanidade conseguisse aproveitar o melhor que ela tem, colocando disciplina não só nas coisas corriqueiras do dia a dia, como trabalho, estudos, cuidados com o corpo e saúde, enfim, mas aplicando a disciplina para aprender com os erros, pra ter empatia com o próximo, fazer do amor a cura de tudo, respeitar a natureza que tanto nos oferece sem pedir nada em troca, nem nossa maior riqueza conseguimos cuidar, pois a natureza anda bem cansada dos estragos que fazemos.

“Seja a mudança que você quer ver no mundo.”  Há quem diga que esta frase é batida, clichê ou que na teoria é fácil falar mas difícil fazer, pode ser até verdade, mas nada se muda sozinho, tudo depende de esforço e fé, tudo bem que é coletivo, porém até chegar no coletivo tudo começa no individual. Como a gente pode cobrar mudanças, reclamar e não fazer nada a respeito nem que seja uma simples oração? Como a gente pode exigir atitudes, posicionamentos se nem sabemos qual o mundo que queremos viver? Como podemos negligenciar tanto a busca pela paz e dignidade? É de se revoltar saber que coisas simples se tornam o grande desafio da nossa humanidade.

Não sou boba, sei que não existe contos de fadas, que nenhum mundo ou vida é perfeita e sem problemas, porém prefiro acreditar em um mundo melhor e mais justo, porque não crer em mudanças ou em que as coisas vão melhorar é cruel demais, é afirmar que o ser humano se perdeu de si pra sempre.  Desculpas pelo texto pesado de hoje, mas precisava fazer esse desabafo, e minha dica pra vocês é, tire um dia off de tudo, respire fundo e no dia seguinte volte a viver buscando razões para acreditar, que milhões de pequenas ações boas e sentimentos bons possam se tornar a mudança efetiva que o mundo precisa, para que tempos escuros assim não aconteçam mais.

 

Meu Instagram: @giovanna.bayona

 

Fontes: Imagem destacada e imagem interna – Foto de Vlad Chetan no Pexels – https://www.pexels.com/pt-br/foto/foto-do-relampago-2409111/

 

 

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Giovanna Bayona

Giovanna Bayona escreve desde dos 16 anos para se encontrar e entender seus sentimentos, porém só com 22 anos se reconheceu como escritora e começou a divulgar suas crônicas e algumas poesias nas redes sociais, o que abriu portas para alguns projetos literários como a participação no quadro Saideira (2020) e no Sarau das Mulheres (2021) ambos no Canal Literaweb no Youtube. Possui participações em duas antologias da Editora Psiu e também participou da primeira edição da Coletânea Palavra em Ação da Editora Jornal Alecrim (2021). Agora também colunista da Revista Entre Poetas & Poesias pretende continuar expandindo sua escrita para todos que assim com ela são apaixonados por palavras.

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