A CORRIDA DAS MOÇAS
Recentemente li uma pequena matéria sobre a principal cerimônia de maio, mês das noivas, está com o agendamento muito menor comparado ao mês de dezembro. Líder no ranking há mais de dez anos.
Sem qualquer resquício nostálgico, me lembrei dos meus vinte anos. As vagas para celebrar um casamento nas agendas igrejas, difíceis demais! Era necessário fazer tal reserva com seis meses de antecedência. Maio era muito procurado. Os casais também buscavam uma data em comum, em que pudessem dividir as despesas de ornamentação tais como: flores, tapete vermelho, músicas e mais as taxas de iluminação.
No bairro onde eu morava, era um evento bastante esperado pelas famílias, mas principalmente por todas mulheres solteiras. Diversas superstições: segurar no véu da noiva, escrever o nome em um papelzinho e jogar sobre os noivos durante a chuva de arroz cru, bem como pegar o buquê!
Até os dias atuais, é o momento de maior expectativa para as mocinhas que curtem a bela festa do matrimônio. Confesso que entrava no grupo para pegar o arranjo de flores disputado. Era muito divertido! A correria, os gritos e o desespero das “balzaquianas”.
Certa vez ouvi uma reclamação de outras meninas acerca da minha presença. Porque além de ser alta eu ainda usava salto muito alto. Fiquei aborrecida e fui me sentar. Para surpresa de todos o buquê caiu no meu colo!
Sorte ou coincidência?
Ivone Rosa
@profaivonerosa
Maio/2023
Ref. imagem:pixabay.com/pt/photos/baile-de-formatura-escola-4087893/