Josilene Pessoa

Diário de um espectro chamado mãe – Sempre ao lado ‘deles’ ainda que solitárias

É preciso dizer que um dos objetivos deste Diário é, não só expor a minha vivência mas, poder dar espaço a outras mães de poder desabafar suas dores, angústias, bem como alegrias e conquistas! Enfim, à todas as mães eu digo:

_ Façam deste Diário a melhor sessão de  terapia de vocês.

“A verdade sobre ter um filho com necessidades especiais:

Nunca me senti digna de falar com as pessoas sobre minha vida em relação a minha filha pois sei que existem inúmeras pessoas com problemas muito maiores que os meus, mas resolvi escrever sobre, pois sei que existem muitas mães que podem se identificar.

Depois que você tem um filho você perde 80% das suas companhias, e quando vc é mãe atípica vc perde 99%.

Amigos se afastam, parentes não perguntam pelo seu filho e nem se interessam em fazer nada com ele. Até entendo pois quem vai querer deixar de ir para um lugar legal e divertido para só ficar em casa com um uma amiga batendo papo, e qual parente que vai querer passar um final de semana com uma criança que não fala, é cheia de manias e dificuldade de compreensão??

Não julgo e nem culpo ninguém, até porque a responsabilidade é nossa. O difícil as vezes é fazer as pessoas entenderem que não vamos a certos lugares e não fazemos certas coisas não é porque não queremos e sim porque prezamos pelo bem estar dos nossos filhos (e do nosso) , estamos sempre na companhia dos nossos filhos atípicos, sempre ao lado deles, ajudando, ensinando, cuidando e na maioria das vezes não recebendo nada em troca, nunca ouvimos um “Mamãe, obrigada” ou “ Mamãe, você é muito legal” ou até mesmo um “Mamãe, você é chata”!

Recebemos na maioria das vezes somente a indiferença da parte deles, e tudo bem, eles não fazem por mal e vamos continuar dando o melhor que podemos, mesmo sabendo que nunca vai ser o suficiente, mas a realidade é que estamos sempre ao lado dos nossos filhos e ao mesmo tempo sempre nos sentindo sozinhas.”

Vanessa Vieira

Vanessa é mãe da Laura, uma menina atípica esperta e inteligente. Frequanta a escola regular e faz todos os acompanhamentos. As duas enfrentam desafios diários os quais vocês já devem imaginar. Seus depoimento, assim como os outros que aqui exponho, é mais uma vez a voz de várias outras mães que não conseguem expor seus sentimentos.

Gratidão a esta mãe pelo depoimento cedido à revista.

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Imagem do texto: Arquivo da autora

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Josileine Pessoa F. Gonçalves

Nascida no município de Niterói – RJ, Moradora de São Gonçalo, onde tambem cursei a maior parte dos estudos no Colegio Estadual Nilo Peçanha. Formada em Letras/Port. – Inglês pela Universidade Estácio de Sá. Trabalho na área da educação e ensino de inglês. Atualmente ministrando aulas de Produção Textua na rede particular de ensino e aulas de inglês online. Faço parte do Coletivo de Escritoras Vivas de São Gonçalo desde o segundo semestre de 2022 e sou membro da União Brasileira de Trovadores, a UBT São Gonçalo, desde Janeiro de 2023. Colunista da Revista Entre Poetas e Poesias, além da coluna com textos variados, ofereço aos leitores minha "escrevivencia" atípica na Série "Diário de um espectro chamado mãe, onde é possível encontrar textos diversos dentro do universo autista. Sou casada, mãe de dois filhos autistas, poeta, escritora e trovadora sempre gostei de compor e escrever sobre vida e sociedade. Inclusive com composições, paródias e versões para uso educacional. 

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