Luis Amorim

Flor de sonho

Refrão:
Quando uma flor é muito bonita
Ela está sempre em destaque
Independentemente do jardim onde habita.
Mas quando se está perante a mais bela
Que em quaisquer daqueles românticos espaços
Formosa e elegante se revela
Então ela só pode ser identificada
Numa visão sinceramente adequada
Como uma flor de sonho.

A mais bela flor
Que é possível conhecer
Em qualquer jardim do interior
Deste mundo, no viver
De um modo tão real
Ou em sonhos a condizer
Consegue reflectir o brilho ideal
De quem possui beleza
Tão deslumbrante e especial
Por ser única, na certeza
De não haver outra equivalente.
Contudo, é enorme a tristeza
No constatar da distância presente
E talvez mesmo, inultrapassável
Pois, se estivesse assente
Que proximidade tão agradável
Fosse uma aprazível evidência
Com continuidade realmente estável
Toda a sua formosa aparência
Sairia ainda mais realçada.
Esta manter-se-ia com igual frequência
Pela flor tão contemplada
Caso a sua personalidade
Seja bela como a observada
Em toda a expressividade
De um rosto, sem dúvida, singular
Que revela uma afectuosidade
Impossível de não figurar
No grupo de virtudes marcante
Para a flor que está a destacar.
E a cada novo instante
Que o tempo vai concedendo
Daquele rosto tão cativante
Vai-se, simplesmente, percebendo
Que aquela equivalência referida
Com a beleza interior em crescendo
É uma realidade aferida.
E se esta se prolongar
A cada pétala retida
Em tão agradável sonhar
Então não pode existir
Dúvida alguma a pairar
Sobre quem pode conferir
Ser esta uma flor encantadora
De sonho e sempre a florir.
Com tanta apreciação sonhadora
Talvez a sua última morada
Seja apenas nessa localização conhecedora
Dos momentos em que é acarinhada
Através de uma carícia, sem fim anunciado
Que recebe da flor adorada
O delicioso sabor por ela guardado.

Refrão:
Quando uma flor é muito bonita
Ela está sempre em destaque
Independentemente do jardim onde habita.
Mas quando se está perante a mais bela
Que em quaisquer daqueles românticos espaços
Formosa e elegante se revela
Então ela só pode ser identificada
Numa visão sinceramente adequada
Como uma flor de sonho.

Fonte da imagem: Foto do Autor

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Luís Amorim

Luís Amorim, natural de Oeiras, Portugal, escreve poesia e prosa desde 2005. Tem já escritas cerca de 2800 histórias com 106 livros de ficção publicados, entre os quais, um primeiro em inglês, "Cinema I", onde responde por 28 heterónimos (em prosa e poesia). Dos livros em prosa, tem vinte e oito da série “Contos”, “Terra Ausente”, “A Chegada do Papa” e dois livros de “Pensamentos”. Na poesia, igualmente diversas séries de livros têm alguns volumes, como “Mulheres”, “Tele-visões”, “Almas”, “Sombras”, “Sonhos”, “Fantasias”, “Senhoras” e o herói juvenil “Esquilo-branco”. Todos estas obras de poesia citadas, integram os designados contos poéticos, assim identificados pelo autor, aos quais se acrescentam “Lendas”, “Campeões”, “Músicas”, “Turismo”, “Palavras”, "Flores", “27 Flores”, “Todas as Flores” e mais outros sete do universo “Flores”, onde este elemento surge em todos os enredos, como por exemplo “A ceia do bispo e outros contos poéticos”. A escrita também foi posta em narrativas poéticas, “Beatriz” (inspirada na personagem de "A Divina Comédia" de Dante Alighieri), “Paz”, “O Viajante”, “O Sino”, “A Sereia” e “O Mapa”, este com 3016 versos. Ainda a registar em poesia, “Refrões”, “Sonetos”, “Trovas” e quatro volumes de “Canções”. Dois livros foram publicados segunda vez, então com ilustrações de Paulo Pinto (“Almas”) e Liliana Maia (“Fantasias”). Luís Amorim foi seleccionado por 312 vezes com contos e poemas seus em concursos literários para antologias em livros, revistas e jornais em Portugal, Brasil, Suíça, Colômbia, EUA, Inglaterra e Bangladesh. É colunista da revista “Entre Poetas & Poesias” a partir de 2022 e integrante desde 2021 do Coletivo “Maldohorror”, onde histórias suas são publicadas em ambos os sítios, com regularidade. Tem igualmente publicados 32 livros de Desporto (Automobilismo, Hipismo, Futebol, Vela, Motociclismo) e 4 de Fotografia, o que somando aos 106 de ficção, perfaz um total de 142 livros publicados.

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