Fala aí, juventude! — Crônica: “A vida realmente vale a pena?” — MARINA SILVA DAMICO
— Fala aí, juventude! “Coluna destinada à publicação de textos de jovens escritores (até 18 anos). Então, se você é jovem e quiser ter seus textos publicados aqui no portal, basta enviar para: revistaentrepoetasepoesias@gmail.com (por favor colocar as devidas identificações).”
Este é um texto de Marina S. Damico, uma crônica reflexiva baseada no livro: Por lugares incríveis, em diálogo com o filme de mesmo nome.
A vida realmente vale a pena?
MARINA SILVA DAMICO
Por que viver? Por que morrer? Realmente vale a pena viver? Guerras, fome, desabrigo, agressão, suicídio, depressão, transtorno, doença, pandemias, poluição, desmatamento, vaidade… E por que?
Às vezes temos medo de viver, simplesmente viver! Privando-nos de situações, sendo privados. Realmente vale a pena? Se você perguntar para qualquer pessoa: “qual é o seu principal objetivo na vida? “Onde está ou qual é o sentido da vida?” A maioria dirá que é ser feliz, encontrar a felicidade. Você é feliz?
A grande questão é que a vida não se resume em felicidade, talvez a expectativa, o desejo de ser feliz, seja o que nos impede de chegar lá, aquilo que nos impede de ser feliz! Acabamos nos fechando e escondendo por trás das máscaras, personagens, que suprem momentaneamente o tão grande desejo da felicidade. Essa rotina tão cansativa, de ser “outra pessoa”, pode acabar em exaustão, e o valor da própria vida se perde em meio ao personagem, em meio a todas as mentiras…
É como a própria Jennifer Niven, do filme, afirmou: “As pessoas não gostam do complicado nem do diferente, elas simplesmente criam rótulos e nos colocam em caixas!” Mas, observe, você não precisa se manter dentro da caixa escura, solitária e repleta de rótulos insignificantes, você pode sair e reencontrar o valor da vida e dar importância! Permita que a felicidade lhe atinja, pois ela sempre esteve aí.
Eventualmente podemos nos dar conta de que a felicidade estava lá o tempo todo, pronta para nos atingir. Não nos nossos sonhos ou em nossa esperança, mas no que você define que é felicidade e, normalmente, não percebe que ela está nas mais simples coisas — e são essas as que se revelam importantes. São essas as que devem ser valorizadas, como um “simples” abraço, quando acabam se tornando algo magnífico, incomparável!
A maioria das pessoas só percebe quando é tarde demais e a deixa escapar pela ponta dos dedos, como se o vento tivesse levado. Outras passam pela vida e nem a encontram ou, até mesmo, acabam com sua vida por não encontrarem a felicidade, mas não se trata de encontrar, trata-se de perceber!