Série: Diário de um espectro chamado mãe – Texto: Isso não tá me cheirando bem! – Parte II
Prezado leitores,
Estou de volta com o Diário aberto para vocês e na sequência com a segunda parte desse assunto que embora não cheire muito bem, ele vem relatar um processo evolutivo numa das etapas mais difíceis da rotina atípica: O desfralde.
Conforme relatei na primeira parte, estávamos nas tentativas de fazer o nosso menino usar o sanitário para fazer o tal número 2.
Quando me perguntam como foi esse processo aqui em casa eu digo que a repetição é insistência até quando parecia não ter mais jeito foi a chave para o resultado.
Antes de deixá-lo sem fralda, eu costumava pegar a mesma, já suja com o famoso “dois”, levar ao sanitário, sacudir até que qualquer vestígio caísse no vaso só para dar descarga mostrando a ele que ali era o lugar certo. Eu até dava adeus ao “marromzinho” para parecer algo legal e divertido!
Pois é! O que a uma mãe não inventa para ensinar, não é mesmo?
Esse episódio se repetiu muitas vezes! O “número dois” era marcado em vários pontos da casa.
Quando isso acontecia, eu tentava recolher com o papel e levar até o vaso mostrando a ele do mesmo jeito que fazia com a fralda!
“Olha filho! É aqui que se faz! No vaso!”
Embora o ato seja algo bem particular e de preferência que se faça sozinho, eu mostrava quando eu fazia também, para que ele pudesse entender que ali era o lugar!
Bom, depois de todas essas peripécias, o famoso “belo dia” que chega e a gente nem se dá conta do quão longo foi o processo, algo diferente aconteceu.
Eu havia deixado ele sem fralda e ele brincava lá fora no quintal, quando o avistei com um belo pedaço do famoso “número dois” na mão e antes que eu terminasse a frase: “Mas o que é isso?”, ele foi em direção ao vaso, jogou o “pedacinho” lá e deu descarga!
Aquilo foi motivo de comemoração para nós! Finalmente conseguimos fazê-lo entender que lugar de número dois é no vaso. Nem me lembro quantas vezes eu repetia isso a ele! Mas valeu a pena!
Depois de tudo isso eu digo a vocês: Não desistam antes de tentar! Mas não é uma, duas ou três, é tentar até se esgotar! Até que não reste mais nenhum recurso pois no fim vale a pena!
Josileine Pessoa F Gonçalves
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