Elias Antunes

FOGO DE JUNHO

FOGO DE JUNHO

 

Por Elias Antunes

 

Narrado na primeira pessoa, o romance Fogo de Junho, de Ademir Luiz constrói uma crítica mordaz e irônica do Brasil e seus percursos e percalços.

Os dramas pessoais chocam-se com os dramas coletivos e há uma sequência bem dosada de referências sobre cultura, literatura, história, cinema, arte, educação etc.

Tem como pano de fundo as conhecidas Jornadas de Junho, as quais pareciam uma revolução vinda do povo, entretanto, desaguando em frustrações, enganos e desilusões.

Na pele do personagem central, a narrativa aponta para as críticas existenciais, ora sobressaindo o individual, ora o coletivo.

Traz uma narrativa veloz, de leitura agradável e prosa bem estruturada e bem escrita, resultando na conquista do prêmio Hugo de Carvalho Ramos.

Tão importante e atual, o romance consegue capturar as ideias e pensamentos do professor-narrador, assim como as ideias da coletividade.

As visões, muitas das vezes, distorcidas de uma realidade carregada de paradoxos, são enumeradas no percurso do romance.

Com referências diretas (ou indiretas) a outros grandes escritores, como Cortázar, Umberto Eco, Leminski, sua linguagem se mostra muito direta, muito destruidora, atual e eletrizante.

Romance imperdível!!!

 

Fonte da imagem: Foto do autor.

 

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Elias Antunes

Filho de um dos trabalhadores pioneiros que construíram Brasília, Elias Antunes nasceu em Goiânia, em 1964. Trabalhou como servente de pedreiro, vendedor ambulante, contínuo. Depois, entrou na Secretaria de Segurança de Goiás, por concurso. Bacharel em Direito, UCG, Mestrado (incompleto) em Teoria Literária, UnB. Em 1993, por concurso, entrou no Tribunal de Justiça do DF, passando a morar no Distrito Federal. Concomitantemente, foi professor do ensino médio e universitário de História da Filosofia, de Redação, de Direito e Legislação e de Teoria Literária. Seu livro de poemas “Chamados da Chuva e da Memória” ganhou o prêmio da Funarte de Criação Literária e o prêmio “il convívio”, na Itália (1º lugar). Seu romance “Suposta biografia do poeta da morte”, ganhou os prêmios: Hugo de Carvalho Ramos, 2008 (1º lugar), Prêmio Jabuti, 2011 (finalista), prêmio “il convívio”, na Itália (1º lugar). Tem 20 livros publicados e ganhou mais de 300 (trezentos) prêmios. Participa de mais de 100 antologias e obras coletivas no Brasil e no exterior. Cocriador das revistas O artesão, Rotina, Flor & sol e Linhas & Letras e dos jornais Tempoesia, Jornal de Poesia e Artefatos. Tem poemas traduzidos para os idiomas: espanhol, francês, inglês, esperanto, galego, romeno, italiano, catalão, alemão, sueco, russo e hindi. Com publicações nos países: Rússia, Itália, Argentina, Portugal, França, Estados Unidos, Espanha, Romênia, México, Suécia, Vietnã, Índia e Venezuela.

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