Luis Amorim

A caminho do luar

A caminho do luar

Por entre floresta
Sombria ao luar
Caminhava abrigada
Espreitando fresta
Na árvore a respirar
Paisagem adornada
Aliás, todas elas
Como nocturnas janelas.
O luar era o ponto
De seguida em conto
Que lia de memória
Sabendo que história
Terminaria no lago
Para sentar contemplada
Calma e inspirada
Esperando pelo mago
Ou quem fizesse vez
No repetido mês
Pois que dupla seria
Escrita que perduraria.
Era apenas para conto
E já fim avistava
Devidamente pronto
O lago que distava
Muito pouco horário
Marcado por frio
À medida que aproximava
Água que acalmava
Batendo nas rochas
E vendo as tochas
No luar, sempre o presente
Ainda por recente
Quando assento
Escolheu a contento
Com o livro de conto
Para escrever sem ponto
Final que houvesse
E bem lhe dissesse
Fantasia que pudesse
Esperar pelo mago
Ou diverso afago
Junto ao formoso lago.

Fonte da imagem: Foto do Autor

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Luís Amorim

Luís Amorim, natural de Oeiras, Portugal, escreve poesia e prosa desde 2005. Tem já escritas cerca de 2800 histórias com 106 livros de ficção publicados, entre os quais, um primeiro em inglês, "Cinema I", onde responde por 28 heterónimos (em prosa e poesia). Dos livros em prosa, tem vinte e oito da série “Contos”, “Terra Ausente”, “A Chegada do Papa” e dois livros de “Pensamentos”. Na poesia, igualmente diversas séries de livros têm alguns volumes, como “Mulheres”, “Tele-visões”, “Almas”, “Sombras”, “Sonhos”, “Fantasias”, “Senhoras” e o herói juvenil “Esquilo-branco”. Todos estas obras de poesia citadas, integram os designados contos poéticos, assim identificados pelo autor, aos quais se acrescentam “Lendas”, “Campeões”, “Músicas”, “Turismo”, “Palavras”, "Flores", “27 Flores”, “Todas as Flores” e mais outros sete do universo “Flores”, onde este elemento surge em todos os enredos, como por exemplo “A ceia do bispo e outros contos poéticos”. A escrita também foi posta em narrativas poéticas, “Beatriz” (inspirada na personagem de "A Divina Comédia" de Dante Alighieri), “Paz”, “O Viajante”, “O Sino”, “A Sereia” e “O Mapa”, este com 3016 versos. Ainda a registar em poesia, “Refrões”, “Sonetos”, “Trovas” e quatro volumes de “Canções”. Dois livros foram publicados segunda vez, então com ilustrações de Paulo Pinto (“Almas”) e Liliana Maia (“Fantasias”). Luís Amorim foi seleccionado por 312 vezes com contos e poemas seus em concursos literários para antologias em livros, revistas e jornais em Portugal, Brasil, Suíça, Colômbia, EUA, Inglaterra e Bangladesh. É colunista da revista “Entre Poetas & Poesias” a partir de 2022 e integrante desde 2021 do Coletivo “Maldohorror”, onde histórias suas são publicadas em ambos os sítios, com regularidade. Tem igualmente publicados 32 livros de Desporto (Automobilismo, Hipismo, Futebol, Vela, Motociclismo) e 4 de Fotografia, o que somando aos 106 de ficção, perfaz um total de 142 livros publicados.

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