Duda Rodrigues

Bêbada

Profundos prazeres e tristezas descontados no vinho
Naquela noite foi tudo como de rotina
Numa mesa de bar onde as companheiras mais fiéis não passavam de incertezas e inconstâncias disfarçadas de embriaguez
-e nem foi tanto vinho assim, vai-

Se imaginar numa boemia pode ser tão prazeroso quanto esse taça de vinho
E tão angustiante quanto a falta dela
A decisão é sua

A garrafada da virtude tinha tudo pra descer direto
Mas ficou agarrada na garganta pela quantidade de coisas que estavam presas lá
Desde confissões de amor
A comentários não tão românticos assim

Não tenho mais nada a perder
Minha melhor versão é a embriagada
Aquela que minhas verdades falam por mim
Aquela que Baudelaire se orgulharia

Eu quero beber todos os dias
E, se virtudes, felicidades, tristezas, constâncias inconstâncias forem poesia
Estou disposta a ser a mulher mais bêbada que esse mundo já viu
E tomar taças de versos que me façam ficar louca
Louca pra que tudo daqui de dentro se torne motivo de mais embriaguez e sede por poesia.

Duda R

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Duda Rodrigues

Sou a Maria Eduarda Rodrigues, uma grande admiradora da poesia. Escrevo pequenas ficções e poemas sobre situações com as quais me identifico, principalmente questões referentes à atualidade. Bem vindos!

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