Duda Rodrigues

Um drink na taberna

Na Taberna velha de madeira surge a proposta
Uma risada doentia em troca de um drink
Ou talvez uma parte da alma
Por uma dose de whisky

Minha alma tem 3 partes
E eu te peço 3 drinks
Minha sanidade depende disso
E eu espero poder conhecê-la um dia
Usando de um simples exercício de fé
Onde eu preciso acreditar que aqui tem algo
Sem nem ao menos ter visto o que é

Uma garota Iluminada num hotel abandonado
Parece até cena de filme de terror
Onde a protagonista fica maluca e…
Nossa, que horror

Vou voltar pro meu drink
Perturbar mais um pouco o taberneiro
Não tenho mais alma pra oferecer
Tampouco dinheiro

Convenço o velho de que estou louca
-Algo que até os meus sentidos duvidam-
Meus sentimentos inflamados a gim
E meu cérebro pegando fogo
Minutos passam…
É bom ele saber que na linha entre sanidade e ausência dela
Gargalhadas alcoolizadas facilmente ultrapasssam

Sou uma garota que ama sátira
E já muito chamada de sádica
Talvez eu esteja mesmo fazendo o taberneiro sofrer
Contando desilusões e paixões
Com doses de risadas e alucinações

Eu sou completamente louca, mas uma louca consciente
Salve, Chorão! Gente como a gente!
Agora chega de falar disso.
Mais um drink e fecha a conta, senhor

Ah, e antes que eu me esqueça
Se você não entendeu nada do que foi escrito aqui
Tome um drink e leia novamente
-Recomendo o Martíni-
Se entender, você é tão louco quanto eu
Mas, se depois disso você continuar perdido
Eu consegui o que eu queria.

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Duda Rodrigues

Sou a Maria Eduarda Rodrigues, uma grande admiradora da poesia. Escrevo pequenas ficções e poemas sobre situações com as quais me identifico, principalmente questões referentes à atualidade. Bem vindos!

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