Marcos Pereira

O ESPELHO

Artefato que reflete a imagem de uma direção definida, levando o cérebro a interpretar uma imagem como sendo a nossa.

A partir desta definição, começamos a nos explorar. Na realidade, nem sempre gostamos do que vemos, mas o Espelho, apenas nos dá o retorno de nós mesmos.

Para muitos, o Espelho é um instrumento de tortura que reflete a imagem que não querem ver, pois o reflexo transmitido pelo espelho há de ser muito diferente da imagem que teríamos se pudéssemos nos ver diretamente. Então, o que procuramos quando olhamos o reflexo de nossa imagem no Espelho? Talvez, a nossa sanidade perdida pela transformação do tempo, a qual não nos permiti preencher as lacunas que foram deixadas pelo caminho ou até mesmo a indagação que deixamos de nos fazer. Porém, usamos o Espelho como evolução para certos conceitos, tais como: interioridade e exterioridade e é com este reconhecimento, que encontramos o reflexo da nossa própria imagem ou do nosso próprio imaginário, capturando a identidade perdida.

Perante ele, podemos ser o que quisermos ou simplesmente darmos a ele o poder de avalição. Assim, o Espelho afaga o ego do narcisista, a ausência do psicólogo ou até mesmo as arguições que temos que responder no dia a dia, nos sugerindo soluções.

Esta contemplação com o Espelho, é uma questão de reflexão, autoimagem, subjetividade e consciência, pois a nossa imagem ou imago fundem-se naturalmente no nosso conceito de como somos visualizados, refletindo o duplo dessa dualidade imaginária.

Sabemos que o ser humano, possui a capacidade de criar a imagem que pretende e o Espelho, não irá passar um reflexo diferente daquilo que queremos ver, mesmo que esta imagem, seja verdade ou mentira construída pelo indivíduo que se reflete, mas como diz o grande filósofo Descartes, “quem me garante que aquilo que sou realmente sou eu? “.

Marcos Pereira.

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