Elias Antunes

A POESIA VENCE

A POESIA VENCE

 

Por Elias Antunes

 

Com toda certeza a arte é capaz de transpor todas as barreiras, seja cultural, filosófica, temporal e muitas outras.

Mesmo pessoas que menos se espera, são pegas trabalhando no labor fascinante de elaborar versos.

Muitas pessoas chegam a pensar que estão ficando loucas, tamanho o assédio de ideias e poemas que lhe chegam à mente.

Quando se esperava que um líder como Mao Tse-Tung poderia ser poeta?

A edição do livro Poemas, de Mao Tse-Tung, traduzido por um grande poeta brasileiro, Gerardo Mello Mourão, torna-se no mínimo curiosa, porém acredito que é uma bela surpresa.

São poemas de qualidade e encantamento, ainda que Mao seja um dos líderes mais combatidos de seu tempo.

 

 

OS IMORTAIS

 

“Perdi meu álamo alto e tu

Perdeste o teu salgueiro.

Ao céu dos céus partiram álamo e salgueiro.

Busca-lhes Wu Gang uma oferenda e oferece-lhes

O vinho da flor da cássia.

 

A deusa da lua solta suas amplas mangas

E o céu infinito, para essas nobres almas

Dança.

De repente se sabe da derrota do Tigre sobre a terra

E eles rompem em lágrimas,

Chuva e torrente de suas lágrimas.

 

(TSE-TUNG, 1979, p. 34)

 

Trata-se de um pequeno livro com poemas magistrais.

 

 

Fonte da imagem: Foto do autor.

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Elias Antunes

Filho de um dos trabalhadores pioneiros que construíram Brasília, Elias Antunes nasceu em Goiânia, em 1964. Trabalhou como servente de pedreiro, vendedor ambulante, contínuo. Depois, entrou na Secretaria de Segurança de Goiás, por concurso. Bacharel em Direito, UCG, Mestrado (incompleto) em Teoria Literária, UnB. Em 1993, por concurso, entrou no Tribunal de Justiça do DF, passando a morar no Distrito Federal. Concomitantemente, foi professor do ensino médio e universitário de História da Filosofia, de Redação, de Direito e Legislação e de Teoria Literária. Seu livro de poemas “Chamados da Chuva e da Memória” ganhou o prêmio da Funarte de Criação Literária e o prêmio “il convívio”, na Itália (1º lugar). Seu romance “Suposta biografia do poeta da morte”, ganhou os prêmios: Hugo de Carvalho Ramos, 2008 (1º lugar), Prêmio Jabuti, 2011 (finalista), prêmio “il convívio”, na Itália (1º lugar). Tem 20 livros publicados e ganhou mais de 300 (trezentos) prêmios. Participa de mais de 100 antologias e obras coletivas no Brasil e no exterior. Cocriador das revistas O artesão, Rotina, Flor & sol e Linhas & Letras e dos jornais Tempoesia, Jornal de Poesia e Artefatos. Tem poemas traduzidos para os idiomas: espanhol, francês, inglês, esperanto, galego, romeno, italiano, catalão, alemão, sueco, russo e hindi. Com publicações nos países: Rússia, Itália, Argentina, Portugal, França, Estados Unidos, Espanha, Romênia, México, Suécia, Vietnã, Índia e Venezuela.

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