Ezequiel Alcantara

Meus Tempos de Paz

Meus Tempos de Paz
 

Minh’alma murcha, mas ninguém entende
Que a pobrezinha só de amor precisa!
Casimiro de abreu

E lá ia o menino, caminhando pelas veredas nordestinas,
Onde ele passava por velhas cancelas,
Para poder chegar às mais belas campinas…
                  
Pois, lá verdes esperanças nasciam,
Daquele chão batido, porém, depois molhado,
Agraciado pelas gotas esperançosas que do céu caíam…
 
Esses serenos que faziam o peito acalmar, e revigoravam o mundo
Com lindas árvores, flores e frutos, reinando a alegria.
E assim os pássaros, diversas borboletas e o sussurrar das flores
Faziam esplêndida e perfeita sinfonia…
 
Depois de perpassar essa alvorada, ele deitava em meio das babujas,
Perpassando aquelas folhas verdinhas e as flores amarelas,
Devaneando ali uns sonhos tão doces e profundos,
Tornando o fazer da vida uma das coisas mais belas…
 
Perdia-se na imensidão daquele céu cinzento
Que parecia refletir o coração do menino,
Flagelado pelo mundo, e mesmo rodeado de pessoas queridas, se sentia só,
Temia ferozmente que esse era seu cruel destino…
 
Dessa forma chamava o vento de fiel amigo, só havia ele…
E lhe contava todos seus sonhos e planos,
Ingênuo, pensava num amor, uma companhia, completar-se,
E pelo menos alguma vez sentir felicidade… Esvair-se do seu vazio…
Mas isso era segredo para guardar consigo.
 
Mesmo sendo apenas criança, ele pensava muito longe…
Muitas das vezes só queria aproveitar os seus momentos
E se esquecia dos problemas e preocupações da vida,
Queria ser preenchido de bons sentimentos…
 
Ah! Hoje o mundo tornou-se tão insensível e arrogante
Que retraímos os nossos mais venustos sonhos…
Pois era inspirado naquela inocência que eu encontrava Paz
A fim de criar meus singelos campos risonhos…
 
Ezequiel Alcântara Soares

Imagem: Arquivo pessoal, tirada pelo amigo Bruno Silva Trajano.
– Esse lugar é onde passei boa parte da infância e adolecência. A frente são casas pertecentes a tios e primos, e perto a estrada que vai rumo à capela da comunidade, e que também dá acesso a zona urbana da cidade de Reriutaba, onde passa, lá no fundo, entre as árvores (lado direito de quem vê), pela minha antiga casa. Riacho das Flores, Reriutaba – Ceará.
Janeiro de 2020

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Ezequiel Alcantara

Olá, sejam todos bem vindos ao meu recanto poético! Me chamo Ezequiel Alcântara Soares, nasci em 28 de Julho de 2000 na cidade de Reriutaba no Ceará, onde me criei e vivi na comunidade de Riacho das Flores até o dia em que tive que deixar meu "torrão natal" e viver em São Gonçalo - RJ. Bem, sou apenas um ser humano, que foi se construindo ao longo do tempo, assim como uma colcha de retalhos, formado por luzes e trevas. Desde criança brilho o olhar pela poesia e pela escrita, com muito amor e carinho, o que resultou em cordéis publicados, participação em antologias poéticas e diversos escritos. Faço graduação em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e sou membro da União Brasileira de Trovadores (UBT) seção São Gonçalo. Este recanto visa apresentar poesias e textos que inspirem, através de minha poética, o mais nobre que há nos sentimentos humanos e que transcrevam, sutilmente, as estações do coração. Aproveitem! Que possamos amar profundamente, sejamos poesia!

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