Meus Tempos de Paz
Meus Tempos de Paz
“Minh’alma murcha, mas ninguém entende
Que a pobrezinha só de amor precisa!”
Casimiro de abreu
E lá ia o menino, caminhando pelas veredas nordestinas,
Onde ele passava por velhas cancelas,
Para poder chegar às mais belas campinas…
Pois, lá verdes esperanças nasciam,
Daquele chão batido, porém, depois molhado,
Agraciado pelas gotas esperançosas que do céu caíam…
Esses serenos que faziam o peito acalmar, e revigoravam o mundo
Com lindas árvores, flores e frutos, reinando a alegria.
E assim os pássaros, diversas borboletas e o sussurrar das flores
Faziam esplêndida e perfeita sinfonia…
Depois de perpassar essa alvorada, ele deitava em meio das babujas,
Perpassando aquelas folhas verdinhas e as flores amarelas,
Devaneando ali uns sonhos tão doces e profundos,
Tornando o fazer da vida uma das coisas mais belas…
Perdia-se na imensidão daquele céu cinzento
Que parecia refletir o coração do menino,
Flagelado pelo mundo, e mesmo rodeado de pessoas queridas, se sentia só,
Temia ferozmente que esse era seu cruel destino…
Dessa forma chamava o vento de fiel amigo, só havia ele…
E lhe contava todos seus sonhos e planos,
Ingênuo, pensava num amor, uma companhia, completar-se,
E pelo menos alguma vez sentir felicidade… Esvair-se do seu vazio…
Mas isso era segredo para guardar consigo.
Mesmo sendo apenas criança, ele pensava muito longe…
Muitas das vezes só queria aproveitar os seus momentos
E se esquecia dos problemas e preocupações da vida,
Queria ser preenchido de bons sentimentos…
Ah! Hoje o mundo tornou-se tão insensível e arrogante
Que retraímos os nossos mais venustos sonhos…
Pois era inspirado naquela inocência que eu encontrava Paz
A fim de criar meus singelos campos risonhos…
Ezequiel Alcântara Soares
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