Ezequiel Alcantara

Entre os Suspiros das Estações

Imagem: Pixabay

Entre os Suspiros das Estações

E as folhas animadas então começaram
A dançar todas alvoroçadas,
Época do forte calor do sol
Avivando todas as emoções brotadas.
 
Assim as cores fortes e quentes
Toda a flora enfeitava,
E o calor dos corações intensos
Mais vivo o suspirar deixava.
 
E tudo ficou tão quente,
Tão repleto de grande emoção,
Que o sentimento da intensa paisagem
Mistura-se, aos poucos, com o do coração
 
E o respirar cada vez mais forte.
Qual origem desse crescente calor
Que mescla o peito ao espetáculo natural?
Bem, talvez seja o afloramento do amor…

Ah, se for o bendito amor…
Uma diversidade de emoções
Complicadas de explicar e definir,
Que corre o risco de murchar os corações…
 
Não percebe? O tempo já está mudando
O calor se trocou pelo frio, acabou…
Todas as desilusões caem aos poucos,
Cada sentimento intenso, inevitavelmente, murchou.
 
E então tudo que era completo e vivo
Pouco a pouco, começou a murchar,
E aquelas ilusões tão prósperas
O vento frio fez questão de levar…

Agora tudo agora está

Marrom

Cinzento

E as verdes esperanças….

Morreram,

Os peitos agora,

Vazios e nus,

Tais sentimentos

Perderam…

E agora com o tortuoso céu
Mandando, cada vez mais, cruel tempestade,
Trocando todos os suspiros alegres
Por um campo frio, chuvoso e vazio, de imensa saudade…
 
E perdido em meio a essa mata
Monótona, triste, seca e molhada,
Onde só habita a frieza da solidão,
Que suplico, aos lamentos, por emoção não vivenciada…
 
Agora nada mais me conforta
Entre suspiros de amor… não tenho experiência,
Já que o céu reflete lágrimas do meu peito
Reclamando toda hora a sua ausência…

E então
Chove
Neva
Venta
Noites escuras
Chove
Neva
Venta
Dias escuros
Venta
Neva
Chove
De novo
De novo
E de novo…
Espera! Olha lá…

Dentre as nuvens escuras e cruéis
Triunfa novamente o esplêndido sol
E nos campos, que passaram a vida em lágrimas,
Brotaram belíssimos botões de girassol!


Seria agora então um novo começo
Ou recomeço da mesma estação?
Não sei de nada, mas só quero agora
Vivenciar essas flores que brotam no meu verão.
 
Vejo mais um novo amanhecer
Caminhando nos campos da vida,
Onde tudo começa, termina e recomeça,
No suspiro de uma emoção vivida.
 
Serão isso apenas suspiros românticos
De um pequeno poeta aspirando emoção,
Ou apenas sentimentos nos momentos do amor,
Assim como as estações do coração?

Ezequiel Alcântara Soares

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Ezequiel Alcantara

Olá, sejam todos bem vindos ao meu recanto poético! Me chamo Ezequiel Alcântara Soares, nasci em 28 de Julho de 2000 na cidade de Reriutaba no Ceará, onde me criei e vivi na comunidade de Riacho das Flores até o dia em que tive que deixar meu "torrão natal" e viver em São Gonçalo - RJ. Bem, sou apenas um ser humano, que foi se construindo ao longo do tempo, assim como uma colcha de retalhos, formado por luzes e trevas. Desde criança brilho o olhar pela poesia e pela escrita, com muito amor e carinho, o que resultou em cordéis publicados, participação em antologias poéticas e diversos escritos. Faço graduação em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e sou membro da União Brasileira de Trovadores (UBT) seção São Gonçalo. Este recanto visa apresentar poesias e textos que inspirem, através de minha poética, o mais nobre que há nos sentimentos humanos e que transcrevam, sutilmente, as estações do coração. Aproveitem! Que possamos amar profundamente, sejamos poesia!

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