Marcos Pereira

CONHECENDO-SE

Hoje, vivemos numa sociedade que se diz “aberta” para todo e qualquer tipo de relação. Porém, essa mesma sociedade desenvolve dificuldades na aceitação de qualquer assunto que venha a abalar o convívio das regras incrustadas no contexto do nosso dia a dia.
O estigma que nos envolve nos impede de reconhecer as nossas verdadeiras dificuldades de caráter e idealização de como podemos construir uma verdadeira sociedade, mas do que temos tanto medo? Talvez, espiar os cantos obscuros que deixamos de clarear para não sermos discordantes das regras implantadas por gerações que acreditavam que ser diferente, atingiria os princípios básicos do estilo de vida considerado correto.
Na realidade, a visão que deveríamos desenvolver é que em tudo se tem uma beleza ímpar, até nas passagens mais obscuras que tentamos esconder, pois a própria natureza nos mostra que a luz sempre estará onde estivermos.
A prova disso, são os vagalumes, que com sua luz gerada por si próprios, iluminam a imensa escuridão da noite. Então, façamos como os vagalumes, levando a claridade nos mais diversos cantos da nossa construção, pois só assim, poderemos ver a beleza existente em tudo que somos ou que criamos.
O próprio símbolo Yin Yang, nos mostra que a vida é constituída de luz e trevas, e é esta plenitude que promove o equilíbrio dos pontos de cor opostas que são representadas em cada uma das partes.
Temores, todos nós possuímos, e eles certamente urgirão, pois somos constituído de mundos paralelos os quais sempre estarão em conflitos. Todos nós possuímos demônios, grandes, pequenos, antigos, novos, silenciosos e barulhentos. Sejam eles de que tipo forem, sempre serão testemunhos que nunca estaremos fora da curva comum. Nós somos o nosso próprio espelho, refletindo aos outros o que ainda não conseguimos ser e ver.
É fundamental que nos questionemos para nos conhecermos. Lógico que esta abordagem inclui ética, a qual nos leva a uma auto análise em busca de algo que nos proporcione ser um ser humano melhor. Este exercício, nos capacita a identificar as nossas virtudes e defeitos, deferindo ideias que deterioram o nosso próprio convívio social, pois sem a prática e a aceitação da mudança, jamais alcançaremos o êxito de uma sociedade igualitária, pois seja qual for a sua escolha, ela exigirá concentração e força de vontade.
Marcos Pereira
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