Daniela Castro

O outro dia das tartarugas que subiram a montanha

      Então, voltando à história das Tartarugas que subiram a montanha…

      No outro dia… As tartarugas levantam pela manhã e como sempre devagar preparam seu café para logo irem à feira.

      Saem de casa juntas, pois estão sempre juntas, vai que uma delas emperre pelo caminho, as outras duas a puxam ou a empurram.

      Só que não conseguem andar muito, porque são interrompidas pelo coelhinho, filho de Dona Coelha Fofoqueira. Vizinhos das Tartarugas, ele se aproxima delas dizendo: – Quer dizer que as passeadeiras foram passear nas montanhas ontem e não conseguiram chegar ao topo, sozinhas?

       – Como ficaste sabendo Coelhinho metido e fofoqueiro? Pergunta sempre a Tartaruga Filha mais nova.

      – Todos estão sabendo! Até a cobra que mora lá nos cafundós ficou sabendo, sua Tartaruga de focinho empinado!

      – Ora seu fofoqueiro! Quem foi que te contou?

      – Foi o Urubu que vive voando por aí urubuzando a vida de todos!

      – Tinha que ser aquele Urubu Cara de Pau! Disse indignada a Mãe Tartaruga. – Bem que eu vi ele pela volta nos rondando… Vai ver estava pensando que havia chegado a hora de nossa morte. E, ainda sai contando pra todo o mundo sobre o nosso passeio, que coisa feia!

      – Ele tem é inveja! Fala a Tartaruga Filha mais velha. – Ele queria era passear como a gente, mas como já é um pássaro Urubu, nenhum outro pássaro gosta de voar muito com ele.

      – Pois é! O fato é que ele está falando de vocês.

     – Nós não nos importamos… Ele que fale o que quiser. Não vamos deixar de passear, mesmo com dificuldade, por causa de um Urubu que não tem mais o que fazer de sua vida. Declarou enfaticamente a Tartaruga Mãe.

     – É isso aí mãezinha! Disseram as filhas juntas. – E tu, coelhinho, vai cuidar da tua vida que temos mais o que fazer. Tchau!

     E lá se foram as três à feira, estavam com fome e precisavam se alimentar.

     Chegaram à feira e encontraram outras criaturas falando delas. Porém, não deram a mínima, sabiam que falavam delas sempre que saíam para passear, não importava o lugar, mas tinham que fofocar da vida dos outros, sendo que elas não eram as únicas de que falavam; falavam dos pássaros, dos peixes, dos cavalos, das corujas e outros; não sabiam o que era diversão e queriam ser estraga prazer na diversão dos outros.

 

Fonte da imagem destacada: https://pixabay.com/pt/images/search/tartarugas%20e%20urubu/?pagi=3

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Daniela Castro

Professora, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil e em AEE (Atendimento Educacional Especializado) e Educação Especial; acadêmica do curso de Letras – Redação e Revisão de Textos - CLC/UFPel, apaixonada por literatura e incentivadora da leitura literária. Gosta de escrever poesias e se “arrisca” na escrita de narrativas, sendo em sua maioria, infantis.

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