Luiz E. Plouvier
Poemas da Madrugada – Dois mundos por espelho;
“O amor é como um velório. Se junta com outros, para enterrar mais um.”
Dois mundos por espelho
“
Saiba todos que meu rosto está corado.
Abro a todos meus fervolhos que guardo.
Rasgo a todos meus panos mofados.
As asas de fênix que deixei no vácuo.
Ando como o renascimento das cinzas.
Nado como os peixes buscando um destino.
Deito sobre um espelho de camadas finas.
Retalho meu corpo a presença do divino.
Agora meu amor é sublime e mútuo.
De nada lhe escondo te digo tudo.
E por conta disso sou um vidro duo.
De um lado está sua imagem…
Do outro está meu mundo.
”
Imagem: https://pixabay.com/pt/photos/cisne-p%C3%A1ssaro-animal-lago-reflex%C3%A3o-1868697/