Renato Amaral

O Léxico do dia a dia – Parte II

Fonte da Imagem: Imagem de Shepherd Chabata por Pixabay

 

Se vamos falar de léxico não podemos esquecer dessa palavra que dificilmente poderá ser sintetizada ou tratada como as demais. A palavra Esperança vem carregada de um peso que não cabe em mil dicionários e de uma presença que não enche centenas de bibliotecas, pois ela está aquilatada no mais íntimo de cada pessoa.

Essa é o tipo de palavra que transborda o coração das pessoas que nela se agarram como a uma tábua de salvação em alto mar. Está bem presente também na mente daqueles que não pensam em outra coisa a não ser na possibilidade ou perspectiva de algo que está por vir. Entretanto é em forma de oração que ela se encontra lindamente empregada, onde depositamos nas mãos de Deus que nos conceda algo que buscamos com avidez. Essa palavrinha é tão significante que remete a procura de algo que muito desejamos: Emprego, dinheiro, viagens, carro ou imóveis, saúde para si ou um ente, felicidade, casamento, fé, filhos ou apenas dias melhores. Às vezes nossas vontades não se realizam e logo maldizemos essa palavra, inclusive vociferando que não mais faremos uso dela por falsas ‘esperanças’. Promessas vãs, pois o certo mesmo é que logo na primeira oportunidade a agarramos com unhas e dentes de forma redobrada nos ensinando que dela somos dependentes. Acredito ser uma relação sine qua non entre nós e a Esperança, escrita, dita ou pensada, e se por algum acaso não mais a tivermos a essência da vida se esvai.

Tenho tanto respeito e afeto por essa palavra que é quase uma persona, um algo materializado que passei a utilizar na forma de verbo esperançar. Na minha opinião, essa palavra vive em movimento funcionando além de suas expectativas e trazendo mais do que simples vocabulário ao nosso quotidiano.

 

Por Renatto D’Euthymio

Instagram: @renattodeuthymio

E-mail: renattodeuthymio@gmail.com

 

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Renatto D'Euthymio

Renatto D'Euthymio, carioca de Santa Tereza, dividindo residência entre São Gonçalo - RJ e a pacata e inspiradora, São José do Calçado no Estado do Espírito Santo. Estudante Rosacruz, técnico em Radiologia, flamenguista fanático e apaixonado pelas filhas Rannya e Rayanne. Cultiva desde criança uma paixão pelos livros e seus gênios. Autor do livro de poemas Solilóquio Antes e Depois da Forca (2020) e do livro de humor O Tabloide Jocoso (2021). Premiado em dezenas de concursos literários (Poesia, Crônica, Conto e Microconto), e publicado em Antologias e Coletâneas. É tão ligado à Literatura que de vez em quando não se contém e atreve-se a rabiscar algumas linhas.

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