Luis Amorim

O teatro

O teatro

O esquilo, no teatro está
Como quem dá
Relevância à cultura
De seu agrado em pura
Alegria pela arte
E representação à parte
Dos problemas diários
Que ficaram nos armários
De sua acolhedora casa
Para estar na motivadora
Sessão que se casa
Com o seu lazer
Sem arreliadora
Situação qualquer
Eventual por ocorrer.
Mas eis que o caçador
Já o tenta agarrar
No escuro a pairar
Com sentir por dor
A força do intruso
No estranho uso
De tempo folgado
Sem outro descansado.
O esquilo percebe
E corre pela sebe
Feita autêntica parede
As vizinhas cadeiras
Rumo ao palco que mede
Acertadas esteiras
Para fechar em rede
O caçador falhando
A mão refilando
Porque a salvo, esquilo
É cenário de peça
Com grande estilo
Pois assistência
Toda ela tropeça
Com palmas, anuência
No enredo que pensa
Fazer parte imensa
Do escrito argumento
Um original incremento
Até vendo caçador
Em rede, enjaulado
No ser barafustado
Preso e imobilizado
Perante forte calor
No aplauso geral
Em teatro cultural
De arte original.

Fonte da imagem: Foto do Autor

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Luís Amorim

Luís Amorim, natural de Oeiras, Portugal, escreve poesia e prosa desde 2005. Tem já escritas cerca de 2800 histórias com 105 livros de ficção publicados, entre os quais, um primeiro em inglês, "Cinema I", onde responde por 28 heterónimos (em prosa e poesia). Dos livros em prosa, tem vinte e oito da série “Contos”, “Terra Ausente”, “A Chegada do Papa” e dois livros de “Pensamentos”. Na poesia, igualmente diversas séries de livros têm alguns volumes, como “Mulheres”, “Tele-visões”, “Almas”, “Sombras”, “Sonhos”, “Fantasias”, “Senhoras” e o herói juvenil “Esquilo-branco”. Todos estas obras de poesia citadas, integram os designados contos poéticos, assim identificados pelo autor, aos quais se acrescentam “Lendas”, “Campeões”, “Músicas”, “Turismo”, “Palavras”, "Flores", “27 Flores”, “Todas as Flores” e mais outros sete do universo “Flores”, onde este elemento surge em todos os enredos, como por exemplo “A ceia do bispo e outros contos poéticos”. A escrita também foi posta em narrativas poéticas, “Beatriz” (inspirada na personagem de "A Divina Comédia" de Dante Alighieri), “Paz”, “O Viajante”, “O Sino”, “A Sereia” e “O Mapa”, este com 3016 versos. Ainda a registar em poesia, “Refrões”, “Sonetos”, “Trovas” e quatro volumes de “Canções”. Dois livros foram publicados segunda vez, então com ilustrações de Paulo Pinto (“Almas”) e Liliana Maia (“Fantasias”). Luís Amorim foi seleccionado por 311 vezes com contos e poemas seus em concursos literários para antologias em livros, revistas e jornais em Portugal, Brasil, Suíça, Colômbia, EUA, Inglaterra e Bangladesh. É colunista da revista “Entre Poetas & Poesias” a partir de 2022 e integrante desde 2021 do Coletivo “Maldohorror”, onde histórias suas são publicadas em ambos os sítios, com regularidade. Tem igualmente publicados 32 livros de Desporto (Automobilismo, Hipismo, Futebol, Vela, Motociclismo) e 4 de Fotografia, o que somando aos 105 de ficção, perfaz um total de 141 livros publicados.

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