Tragédia em Petrópolis
O céu despejou
Toda a sua ira
No chão de Petrópolis
Sem ter piedade
Sobre a bela serra
As nuvens choraram
Com a força bruta
De uma tempestade
As águas em fúria desceram, inclemente,
Destruindo tudo, rasgando a cidade.
A força era tanta
Tamanha era a fúria
Que encostas desceram
Morros deslizaram
Com raiva, passavam
Por cima de casas
As árvores caíram
E pedras rolaram
Levando terror por onde passavam
Mais de uma centena de vidas tiraram.
Não havia defesa
Contra a fúria louca
Do que despencava
De cima da serra
Em baixo, os destroços
Eram de assombrar
Parecia cenário
De uma grande guerra
Como se o céu gritasse aos homens:
“Estou furioso com vocês da Terra!”
Gritos de tristeza
Corriam pelas ruas
Brotando de muitos
Corações partidos
Num vale de dor
Tornou-se a cidade
Por todos os cantos
Ouviu-se os gemidos
Dos que aqui ficaram lamentando as dores
Por terem perdido seus entes queridos.
A bela Petrópolis
Vestiu-se de luto
Angústia, terror
De dor e tristeza
Após tanta perda
Com esta tragédia
Em todos nós fica
Só uma certeza
Que o homem precisa, urgente, aprender
Zelar, respeitar a mãe Natureza.
João Rodrigues
Imagem: https://pixabay.com/pt/photos/chovendo-flutuando-flutuador-chuva-5389467/