João Rodrigues

Tragédia em Petrópolis

O céu despejou

Toda a sua ira

No chão de Petrópolis

Sem ter piedade

Sobre a bela serra

As nuvens choraram

Com a força bruta

De uma tempestade

As águas em fúria desceram, inclemente,

Destruindo tudo, rasgando a cidade.

 

A força era tanta

Tamanha era a fúria

Que encostas desceram

Morros deslizaram

Com raiva, passavam

Por cima de casas

As árvores caíram

E pedras rolaram

Levando terror por onde passavam

Mais de uma centena de vidas tiraram.

 

Não havia defesa

Contra a fúria louca

Do que despencava

De cima da serra

Em baixo, os destroços

Eram de assombrar

Parecia cenário

De uma grande guerra

Como se o céu gritasse aos homens:

“Estou furioso com vocês da Terra!”

 

Gritos de tristeza

Corriam pelas ruas

Brotando de muitos

Corações partidos

Num vale de dor

Tornou-se a cidade

Por todos os cantos

Ouviu-se os gemidos

Dos que aqui ficaram lamentando as dores

Por terem perdido seus entes queridos.

 

A bela Petrópolis

Vestiu-se de luto

Angústia, terror

De dor e tristeza

Após tanta perda

Com esta tragédia

Em todos nós fica

Só uma certeza

Que o homem precisa, urgente, aprender

Zelar, respeitar a mãe Natureza.

 

João Rodrigues

 

Imagem: https://pixabay.com/pt/photos/chovendo-flutuando-flutuador-chuva-5389467/

 

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João Rodrigues

Nascido em Riacho das Flores, Reriutaba-Ceará, João Rodrigues é graduado em Letras e pós-graduado em Língua Portuguesa pela Universidade Estácio de Sá – RJ, professor, revisor, cordelista, poeta e membro da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes e da Academia Virtual de Letras António Aleixo. Escreve cordéis sobre super-heróis para o Núcleo de Pesquisa em Quadrinhos (NuPeQ) na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

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