Você, Escritor! Poema: “No silêncio da Noite” – Hiago de Castro Silva
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No silêncio da Noite
Hiago de Castro Silva
Reflexivo, hoje, olho para o tempo
Fecho os olhos e viajo para o subconsciente
Sutil como uma brisa, sinto a corda no pescoço e uma espada perfurar peito
Próximo da morte senti desespero
e uma calma latente
Nas sombras, a Deusa Kali aparecera derrepente
para proteger e mostrar o desafio
Lágrimas escorrem
Minha alma queima
Clamando por salvação
Abruptamente sou arremeçado ao vazio
Confuso enquanto caía no mar da solidão,
Onde o frio do inverno queimava como brasas vivas, a luz era insalubre, a insanidade era benigna e o espírito insalutífero
Um lugar mórbido, doentio e antagônico
A pressão do sofrimento,
A angústia de estar preso,
A dor de se sentir vivo,
Vos transforma em reféns de Hel
Todo sentimento quebrado
Nada me conforta,
Consumido, o nada me conforta
Acabado perdi o medo das sombras
Despedaçado sinto-me amigável com elas
Abatido não pelo passado, mas..
Combalido por causa do passado.
Bombardeado vivo um presente
Fragmentado visando o futuro
Desintegrado acorrentado num loop retrógrado
Esperançoso tinha liberdade parar voar
Promissor, livre com o vento
Positivo no relento,
Crédulo me afogo no tormento
Otimista num mundo quimérico
Animado onde não há doces e vigoroso onde há travessuras
Entusiasmado onde não há rosas, porém resistente onde há espinhos
Afetuoso onde não há feridas, mas morto onde há cicatrizes.
Com um grito, retorno com o suspiro da vida.
Desnorteado olho para o vazio
Vivo em dois mundos.
Vivo no real
Morto no irreal
Desejando a realidade do imaginário.