Série: “Diario de um espectro chamado mãe” – Poema: O passeio relâmpago
E chegamos a mais um fim de semana que normalmente ficamos em casa. Principalmente depois da pandemia e com o período difícil de crises; nós estamos reclusos mais do que nunca!
Porém é preciso reagir e tentar!
Pensei de início que poderia me arrepender e não sei se imaginam porque mas eu explico:
Famílias atípicas tem numa simples saída, uma desgastante missão na maioria das vezes! A ansiedade já toma conta despe o fechar da porta…
Será que vão dar crise?!
Será que vamos dar conta?!
Será que ele vai sair correndo?!
Será que… mil coisas que inevitavelmente pensamos!
Uma vez sai sozinha e avistei uma família sentada numa mesa ao lado de fora do estabelecimento, quase calçada, as crianças sentadas… trocam de lugar…
vão ao banheiro sozinhas e voltam dependendo da idade!
Nós?! Não sabemos nem se vamos conseguir sentar ou ficar mais do que 10 minutos!
Enfim, nos arrumamos! Sinal da cruz que sempre fizemos mas dessa vez com mais afinco! E partimos para um calçadão de uma orla bem popular! Pessoas “normais”, semblantes alegres de quem curtia um sábado bonito de sol e dia fresco!
Nós, ansiedade estampada no rosto mas sorrindo assim mesmo! roupa confortável e nada na mão para o caso de precisar correr… psicológico preparado para usar toda força dos braços se necessário!
Mas dessa vez a notícia é boa! Conseguimos alcançar o objetivo de ir e voltar sem crises!
Nossa saída durou em média uma hora e meia! E acreditem! Para nós é uma eternidade!
O desfecho! Nós só comemoramos o sucesso de cada saída, quando o passeio se dá por concluído em casa! Quando olhamos aquela selfie imperfeita e toda embaralhada! E um alívio por ter conseguido vencer; desta vez!
Sábado, dia 05 de Novembro de 2022
Josileine Pessoa F Gonçalves
Imagem do texto: Arquivo da autora
Imagem destacada:
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