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7ª edição – Crônica: “O que é pertencer?” – por Helena Corrêa

O que é pertencer?!
Helena Corrêa

Todo ser humano tem a necessidade de sentir-se pertencendo a algo ou alguém.

Pertencer a um lugar, ter um pouso seguro, ter o abraço certo.

Essa necessidade é ancestral, é humana, é viva e faz parte do nosso DNA. É mais forte que tudo, tão forte que muitas vezes nem percebemos que essa necessidade de pertencimento pode nos levar a picos e vales na vida, porque podemos querer muito pertencer a algo que nos fará tão mal que pode levar ao derradeiro. Assim como, essa necessidade de pertencimento pode ser altamente benéfica e nos elevar a patamares sublimes, o mais importante: equilíbrio!

Saber equilibrar ao que podemos ou não pertencer de forma que esse pertencimento seja para o bem.

Uma coisa é certa, nosso pertencimento é para além dessa terra.

Todos merecemos pertencer aquilo que fará nossa essência brilhar, sendo seres humanos cada vez melhores.

Nascemos e desde o ventre, desde o berço cada um de nós experimenta a fome humana de viver, de pertencimento, trazendo a vontade de um sabor onde tudo o que brote de bom de dentro de mim eu possa entregar em dobro e em amor a tudo e todos que eu pertenço, independente do tamanho e sim pelo ato de sentir, pertencer e amar.

A trajetória da minha vida me fez perceber que o como pertencer é comparado como fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo, essa ambiguidade de sentimentos fazem mexer com as cicatrizes mais profundas e íntimas.

É normal que muitas vezes essa vontade intensa de pertencer a algo ou algo venha em mim da própria essência onde eu quero pertencer para que minha força e vontade não sejam inúteis e fortifiquem trazendo vida e alegria a uma pessoa ou uma coisa.

Justamente por sentir que são tão fortes em mim a fome e vontade da medida que cresço como um ser humano melhor contribuir para que o universo seja melhor que me tornei bastante reservada: tenho medo de falar algo, expressar algo quanto preciso e demostrar minha pobreza em fragilidade… Sou, sim. Muito pobre e frágil. Só tenho um corpo, uma alma e uma única vida que me presenteada para viver. E preciso de mais do que isso. Sou intensa. Sou viva. Sou Helena.

Como diz Clarice Lispector: “pertencer é viver”, então que seja para uma vida plena preparada para o que há de melhor.

(Baseado no texto PERTENCER de Clarice Lispector)

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Renato Cardoso

Renato Cardoso é casado com Daniele Dantas Cardoso. Pai de duas lindas meninas, Helena Dantas Cardoso e Ana Dantas Cardoso. Começou a escrever em 2004, quando mostrou seus textos no antigo Orkut. Em 2008, lançou o primeiro volume de “Devaneios d’um Poeta” e em 2022, o volume II com o subtítulo "O Rosto do Poeta". Graduado em Letras pela UERJ FFP e graduando em História pela Uninter. Atua como professor desde 2006 na rede privada. Leciona Língua Inglesa, Literatura, Produção Textual e História em diversas escolas particulares e em diversos segmentos no município de São Gonçalo. Coordenou, de 2009 a 2019, o projeto cultural Diário da Poesia, no qual também foi idealizador. Editorou o Jornal Diário da Poesia de 2015 a 2019 e o Portal Diário da Poesia em 2019. É autor e editor de diversos livros de poesias e crônicas, tendo participado de diversas antologias. Apresenta saraus itinerantes em escolas das redes pública e privada, assim como em universidades e centros culturais. Produziu e apresentou o programa “Arte, Cultura & Outras Coisas” na Rádio Aliança 98,7FM entre 2018 e 2020. Hoje editora a Revista Entre Poetas & Poesias e o Suplemento Araçá.

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Um Comentário

  1. Belíssima crônica, parabéns Helena! Clarice nos deixou um legado muito importante, que nos inspira e nos faz pensar.

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