Marcos Pereira

INDEPENDÊNCIA OU MORTE, UM GRITO SEM ESCUTA

Comemoramos no mês de setembro um grito que deveria ecoar pelos quatros cantos do mundo, mas o que vemos é um grito abafado sem patriotismo.

Então devemos pensar: quais as noções de independência que temos? Ou melhor, quais as conotações que esta independência representa para o nosso povo?

Nas escolas nos ensinam que a nossa independência foi a libertação das mãos portuguesas, porém o que as escolas não ensinam é que saímos das mãos de Portugal mas viramos colônia de outros, com direitos estendidos até os dias atuais. 

Infelizmente temos uma independência velada por ausência de uma liberdade comercial, econômica, diplomática, política e bélica.

Como disse o nosso representante de Estado, devemos nos curvar à soberania americana pois os EUA são uma potência mundial.

Com uma política intencionista de usurpação, os americanos ditam o seu protecionismo excluindo os direitos de qualquer outro povo, contrariando a soberania e interesses de qualquer nação.

O Brasil, sendo um seguidor assíduo dos americanos, não poderia ficar de fora deste ciclo vicioso, pois o povo brasileiro é levado a acreditar na própria mídia que o governo internaliza com suas mentiras, divulgando a todos a liberdade que a América proporciona às nações do mundo.

Uma divulgação ilusória sobre a terra da liberdade.  Liberdade essa as custas da exploração comercial, financeira, bélica entre tantas outras sobre nós mesmos. É uma triste realidade a hegemonia americana no mundo.

Como evitar essa subjugação? Tornando-nos independentes através dos nossos próprios recursos, deixando de sermos um país corrupto, exigindo dos nossos governantes maiores responsabilidades, respeito e patriotismo. Mas para isso é necessário que os políticos não cortem as verbas da educação, não privem seu povo de obter uma aposentadoria digna, não declarem o país apenas como uma fonte de prostituição; que defendam a soberania da Amazônia, que não vejam o país apenas como um celeiro, mas sim como uma potência tecnológica.

Como dizia Karl Marx, “a Ideologia é um sistema de pensamento”, ou seja, uma forma de conceber o mundo que abrange – principalmente os seus aspectos sociais.

Nunca seremos independentes se continuarmos amarrados aos detentores do capital que utilizam-se dos políticos corruptos para explorar os nossos recursos. 

Então, podemos concluir que é muito difícil gritar/festejar uma independência, pois somos órfãos de grandes políticas públicas e de um povo desprovido de um entendimento político e cívico que proclamem/gritem o verdadeiro domínio do povo brasileiro sobre a sua própria terra. 

Marcos Pereira

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